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Brasil: “Lula” da Silva diz que “Bolsonaro é pior” do que Maduro

O antigo Chefe de Estado brasileiro, Luiz Inácio “Lula” da Silva, potencial candidato às Presidenciais de 2022, pelo Partido dos Trabalhadores (Esquerda), afirmou que o actual Presidente do Brasil, Jais Messias Bolsonaro, “é pior” do que o homólogo da Venezuela.

Luiz Inácio “Lula” da Silva – citado por jn.pt -, fez a comparação quando defendeu que a auto-determinação dos Povos é algo em que “não se toca” e deve ser respeitada, sem a interferência de outros Países, pelo que cabe a cada população decidir sobre os seus governantes.

“Cada País cuida de seu País. Que Maduro seja o que quiser, mas quem tem que colocá-lo ou tirá-lo é o Povo da Venezuela e não Bolsonaro, que é pior do que Maduro”, sustentou “Lula”.

As declarações marcam um distanciamento entre o antigo Presidente em relação ao Governo de Nicolás Maduro, um antigo aliado, depois de, no início deste ano, “Lula” ter chegado a pedir que Maduro fosse reconhecido como único e legítimo Presidente da Venezuela.

Apesar dos laços estreitos que manteve no seu Governo (2003-2010) com o falecido Presidente venezuelano, Hugo Chávez (1999-2013) e Maduro, “Lula” assegurou não apoiar o actual Regime Venezuelano, embora tenha reafirmado ser contra uma intervenção militar por parte dos EUA (Estados unidos da América).

“Não defendo o Regime Venezuelano. Não defendo o que Maduro faz ou deixa de fazer. O que penso é que o problema da Venezuela é um problema dos venezuelanos, não é um problema dos Norte-Americanos”, frisou.

Réplica de Bolsonaro

Por sua vez, Bolsonaro, alinhado com os EUA e forte crítico de Maduro, respondeu com ironia às declarações do antigo Dirigente Sindical Brasileiro, e, numa transmissão em directo nas Redes Sociais, disse que “isso será um sinal de que o povo da Venezuela está a viver muito bem”.

Bolsonaro, líder da Extrema-Direita Brasileira, acrescentou que, dentro de algumas semanas, pretende viajar para o Estado de Roraima, na Fronteira com a Venezuela, para “mostrar como chegam as pessoas que fogem da Ditadura”.

Sob a administração de Bolsonaro, que tomou Posse em Janeiro de 2019, o Brasil declarou a Venezuela em situação de “grave e generalizada violação dos Direitos Humanos”, o que facilitou a concessão do Estatuto de Refugiado a perto de 50 mil venezuelanos.

De acordo com dados oficiais, mais de 262 mil e  500 imigrantes venezuelanos vivem, actualmente, no Brasil, sendo que a maioria entrou em Território Brasileiro, nos últimos cinco anos, pela Fronteira Terrestre. 

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