As mangas produzidas em Ribeiras das Patas, Porto Novo, Santo Antão, estão sem mercado para escoamento. A produção, dizem os agricultores, excedeu as expectativas.
Citados pela Inforpress, os agricultores, avançam que a colheita decorre até final deste mês de Agosto, mas alertam que a falta de mercado faz com que o produto esteja desvalorizado.
Contudo, a Associação para o Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas realça o facto de o cultivo de mangas estar a contribuir, este ano, para amenizar as dificuldades de desemprego da população local, uma situação que abrange “a grande maioria” das famílias.
Pese embora os problemas de escoamento de mercado, Arlindo Almeida, representante desta associação, reitera a importância ue esta cultura representa para a vida das pessoas na Ribeira das Patas, dinamizando a economia local entre Junho e Agosto.
Segundo diz, são “muitas” as famílias que conseguem algum rendimento com a venda de manga, mesmo a um custo baixo, nesta altura do ano.
Por causa do embargo a que estão sujeitos os produtos agrícolas em Santo Antão, por causa da praga dos mil pés, o mercado para este produto restringe-se apenas às ilhas de Santo Antão e São Vicente.
Para promover e valorizar as mangas locais, os produtores pretendem instituir uma feira de mangas produzidas em vários vales do Porto Novo.
De notar que anualmente há sempre muitas queixas dos produtores também de outras ilhas, devido às dificuldades de escoamento, especialmente em anos de grande produção. Apesar de haver alguns exemplos de transformação de mangas em doces em compotas, ainda não é feito a uma escala industrial, capaz de dar resposta ao mercado, e de potenciar a exportação de doces e compotas de mangas. Um nicho de mercado que não está aproveitado.
c/Inforpress
