O Museu da Língua Portuguesa vai reabrir, em São Paulo (no Brasil), neste sábdo, 31. A reinauguração do espaço, fechado há quase seis anos, após um incêndio, vai contar com a presença de várias personalidades da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), entre as quais as dos Presidentes de Cabo Verde e de Portugal, Jorge Carlos Fonseca e Marcelo Rebelo de Sousa, respectivamente.
Através de “experiências interactivas, conteúdo audio-visual e ambientes imersivos” – escreve o portal pt.euronews.com -, o Museu totalmente dedicado à Língua Portuguesa, convida os visitantes “a um mergulho na História e diversidade do Idioma”, partilhado por mais de 260 milhões de pessoas.
A ideia, revela Isa Grinspum Ferraz, uma das curadoras da Exposição Permanente, “é propôr um espaço de diálogo, um espaço de reflexão e de descoberta de toda essa potência da Língua Portuguesa. Afinal, o que é que é e o que pode essa Língua Portuguesa?, parafraseando Caetano Veloso”.
O Museu foi reconstruído, por iniciativa do Governo de São Paulo, em parceria com a Fundação “Roberto Marinho” e a EDP Brasil. As obras de recuperação tiveram o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Federal brasileiro, através da Lei de Incentivo à Cultura. O Projecto contou, ainda, com o patrocínio do Grupo TV Globo, Grupo Itaú e Sabesp.
Em 2021, vai renascer modernizado num espaço simbólico, a Estação da Luz, outrora porta de entrada no Brasil, onde milhares de Imigrantes tiveram o primeiro contacto com o Português.
O conteúdo do Museu foi desenvolvido com a colaboração de escritores, linguistas, investigadores, artistas, entre outros profissionais de vários países cuja Pátria é – como dizia Fernando Pessoa – a Língua Portuguesa.
Os Presidentes de Cabo Verde e de Portugal, respectivamente, Jorge Carlos Fonseca e Marcelo Rebelo de Sousa, homenageiam o Evento, com as suas presenças.
Ironia do destino…
Na ante-véspera da Reabertura do Museu de Língua Portuguesa, em São Paulo, a Cinemateca Brasileira pegou fogo, no começo da noite de quinta-feira, 29.
De acordo com os Bombeiros – citados pelo Sítio pt.euronews.com -, o Incêndio começou numa das salas do Acervo Histórico de Filmes, no primeiro andar do Edifício daquele que é descrito como o maior Arquivo de Cinema da América do Sul.
O fogo terá deflagrado durante trabalhos por uma Empresa sub-contratada de manutenção no ar condicionado de uma das salas do Edifício, que é alugado.
Perto de 70 operacionais do Corpo de Bombeiros foram mobilizados para o Incêndio. As chamas terão atingido uma altura estimada de seis metros.
Pelo menos, 25 por cento do Prédio e o tecto foram atingidos pelas chamas e pela água antes de o Incêndio ter sido dado como controlado. Não há vítimas.
O Prédio onde ocorreu o Incêndio não é a Sede principal da Cinemateca Brasileira, mas o depósito do Arquivo, onde se encontra uma parte importante do Acervo, incluindo filmes de 35mm (milímetros) e 16mm, compostos por “material altamente inflamável”, mas que “seriam cópias para exibição e não os rolos originais”.
É a quinta vez que a Cinemateca Brasileira sofre um Incêndio. Situações similares já tinham ocorrido em 1957, 1969, 1982 e 2016. No ano passado, este mesmo Edifício, agora ardido, foi atingido por uma inundação, que danificou 113 mil cópias de DVD.