O ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, de visita ao Sal, avançou a intenção do Executivo em dar corpo a uma proposta de instalação de um centro de acolhimento e de emergência infantil na ilha. Intenção essa demonstrada após inteirar-se da situação da infância e adolescência local. Além disso, frisou que esta necessidade é uma urgência que se “já se impõe”.
Estas informações foram avançadas por Fernando Elísio Freire, à margem de um encontro com a coordenadora do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), no Sal, e, também, após as visitas realizadas nos centros comunitários de Chã de Matias, Terra Boa, e a Associação Unidos para o futuro de Crianças de Terra Boa.
O intuito da visita do ministro ao Sal, passa por uma melhor observação dos problemas sociais que assolam a ilha, provocados pela pandemia de Covid-19.
“Em termos da infância, queremos, rapidamente, atuar no sentido de identificarmos um espaço para instalação de um centro de emergência infantil aqui, na ilha do Sal, uma urgência que se impõe, tendo em conta o número de crianças que neste momento podem estar no limiar de irem para a rua, também devido às dificuldades criadas às famílias pela situação da pandemia”, considerou.
Avançou ainda que já há articulação com a câmara municipal e o ICCA no sentido de identificar um espaço para a instalação, provisória, do centro de emergência infantil. Posteriormente, perspetiva-se a construção de uma infra-estrutura na zona da Ribeira do Feijoal, para acolher a camada infantil vulnerável, em situação de risco.
Outra preocupação, segundo o governante, prende-se com o reforço dos chamados monitores de rua, para o processo de identificação e sensibilização. Além disso, assegurou que o Governo, através do conselho de ministros, irá aprovar o plano de acção de prevenção contra o abuso sexual contra crianças e adolescentes.
Proliferar centros socioeducativos na ilha do Sal é também uma ambição do Governo que, de acordo com Fernando Elísio Freire, pretende proporcionar ocupação dos tempos livres das crianças e adolescentes ,por forma a evitar a sua apetência e permanência na rua.
C/ Inforpress