O espaço físico insuficiente e a falta de equipamentos condicionaram, este ano, a produção da adega de Chã. Na prática, a mesma não consegue absorver toda a uva produzida pelos mais de cem sócios.
O problema condicionou mais de 50% da absorção, como conta à Inforpress o responsável da adega de Chã, David Gomes Monteiro.
“Conseguimos absorver alguma produção, mas foi pouca coisa, nem 50 por cento (%) em relação à produção do ano passado, por falta de espaço, que está superlotado e com depósitos cheios”, disse aquele responsável, sublinhando que, de qualquer forma, a adega conseguiu fazer “um bom trabalho e salvar uma grande parte da produção de uva, que se não fosse assim a maior parte estragava nos campos”.
Os agricultores, entretanto, conforme avança a mesma fonte, ficaram satisfeitos com a solução encontrada, enquanto os outros resolveram o problema, vendendo parte da matéria-prima (uva), embora ao desbarato, para ultrapassar a situação.
No dizer do mesmo, a adega não podia receber toda a produção deste ano dos seus próprios associados, porque não tinha condições de espaço, por um lado, e, por outro, porque quase todas as zonas tiveram uma produção muito melhor que no ano passado.
Por uma questão de justiça, a adega Chã definiu uma tabela para aquisição da matéria-prima dos sócios com base na quantidade que entregaram no ano passado e o excedente foi vendido à adega de Monte Barro, que, no dizer do mesmo, calhou muito tempo porque muitos produtores venderam algumas toneladas de uva a esta adega.
A vindima deverá terminar no final da próxima semana (06 de Agosto) porque o processo foi iniciado mais cedo que nos anos anteriores e a poda e a maturação aconteceram mais cedo.
Com relação ao próximo ano, tendo em conta que as plantas estão com um aspecto “excelente”, ocorrendo chuvas, a esperança é para uma boa produção, mas para que a situação deste ano não venha a se repetir.
“Se vendermos o vinho que temos em stock na adega vamos ter espaço para absorver a produção do próximo ano”, disse Neves, destacando que, neste momento, a adega tem as produções de 2019, 2020 e agora de 2021, que é significativa, já que a mesma transformou mais de uma centena de toneladas de uvas.
“Se não fosse esta limitação, podíamos atingir mais de 200 toneladas”, disse aquele responsável.
Em relação à exportação, a mesma fonte garante que houve contacto da parte da Embaixada do Brasil a indicar que alguns empresários estavam interessados na aquisição do vinho, mas o contacto não evoluiu, até agora.
C\ Inforpress