O PAICV elucidou hoje que, antes de decidir o seu voto sobre o Orçamento Retificativo, terá de obter respostas a uma série de perguntas para perceber a necessidade do aumento do endividamento interno e do défice. Contudo, o presidente daquele grupo parlamentar considera que não é certo o voto favorável de seu partido.
Enquadrado na sua jornada parlamentar, o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), através de seu representante João Batista Pereira, recordou que votaram contra o orçamento inicial de 2021, por ser “intransparente e que assenta em pressupostos macroeconómicos completamente falsos”.
“O Governo inventou para poder acomodar as despesas que pretendia fazer nas vésperas das eleições e para fazer os gastos que fez durante as eleições. Portanto, em relação ao orçamento retificativo, muito dificilmente o PAICV estará a mudar a posição que tomou aquando o orçamento retificativo inicial”, disse.
O que também se mantém é a posição do partido sobre o aumento do endividamento interno e do défice proposto pelo Governo, pelo que dizem aguardar respostas às suas questões.
“Estamos à espera de respostas ao conjunto de informações que nós pedimos ao Governo para podermos averiguar a necessidade deste endividamento, desse aumento do limite de endividamento e decidir, finalmente”, elucidou João Batista Pereia.
“Nós pedimos ao primeiro ministro de Cabo Verde que nos forneça as seguintes informações. Em primeiro lugar, as contas dos últimos três anos da transportadora aérea TACV/Cabo Verde Airlines, incluindo a empresa criada para gerir os créditos de terceiros. Também pedimos informações sobre os compromissos encontrados e assumidos com Icelandair em março de 2021, nas vésperas das eleições, os quais o parlamento não tem conhecimento”, continuou.
De acordo com o presidente do grupo parlamentar do PAICV, só depois de respondidas estas questões poder-se-á tomar uma decisão sobre a proposta do Executivo de aumento do endividamento interno e do défice.
Os deputados do PAICV, durante as jornadas parlamentares, estiveram ainda a preparar-se para o debate sobre do Estado da Nação, marcado para a sessão que se inicia amanhã.
C/ RCV