João Gomes, líder parlamentar do MpD disse, esta terça-feira, 27, que o partido vai votar a favor da alteração à lei de 2019 que autoriza o aumento do endividamento interno e do déficit.
Para o MpD, partido que suporta o Governo, esta é uma medida necessária tendo em conta o contexto pandémico vivido pelo país.
Segundo o líder da bancada parlamentar do MpD, João Gomes, a covid-19 expôs algumas fragilidades do arquipélago, por isso, há essa necessidade de avançar com o endividamento interno.
“Esse endividamento interno é algo que foi feito nos países desenvolvidos, é recomendado pelos nossos principais parceiros e é algo que foi feito num contexto totalmente diferente”, argumentou Gomes, ao lembrar que a União Europeia (UE) fez a mesma recomendação aos seus países-membros.
“A UE recomendou aos países membros que o limite ao endividamento interno não seja aplicado antes de 2022, precisamente para que estes países posam recorrer a esse endividamento, para fazer face aos malefícios causados pela pandemia”.
Neste sentido, João Gomes diz esperar bom senso por parte do PAICV, principal partido da oposição, que já avisou que pode não votar a favor da lei, caso não tenha respostas atempadamente do Governo sobre este dossiê.
“Para que o PAICV possa votar favoravelmente a proposta do Governo, pediram uma série de perguntas, as quais ainda nós não conhecemos. Não posso dizer se o Governo irá responder ou não, porque o grupo parlamentar até hoje não tem conhecimento destas perguntas (…) pois ainda não chegaram ao Parlamento”.
Ainda assim, João Gomes disse que este grupo parlamentar está convicto que o Governo não irá fugir às respostas dos depurados e que irá responder a “todas as perguntas colocadas pelo PAICV” durante o debate.
Reunidos em jornadas parlamentares, os deputados de MpD discutiram também sobre o Estado da Nação que, segundo o líder da bancada “ventoinha”, para se compreender o estado vivido hoje no país é preciso reviver o antes e o pós-pandemia.
A segunda Sessão Plenária de julho, que acontece a partir de amanhã até sexta-feira, 30, com início às 9 horas, na Sala de Sessões da Assembleia Nacional.
C/RCV