Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) começa hoje em Lunda. Na passagem da presidência da CPLP para Angola, Cabo Verde destaca a assinatura do acordo de mobilidade entre os Estados-membros como um dos maiores ganhos do seu mandato.
Para o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, assinatura em Lunda, do acordo de mobilidade entre os países de língua portuguesa, vai marcar do ponto de vista político um ato “muito importante”. Ou seja, o consenso de convenção de mobilidade entre nove Estados-membros com “condições de desenvolvimentos diferentes, com inserções regionais diversas”
Segundo Fonseca, o acordo de mobilidade acontece, num contexto “complicado”, devido à pandemia, em que o mundo se debate com muitas restrições e reservas quanto aos movimentos migratórios. Por isso, o acordo é uma “obra meritória” da presidência cabo-verdiana da CPLP.
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, dá destaque a uma “cimeira virada para o futuro” e lembra que o acordo de mobilidade na CPLP foi difícil de ser negociado.
“Foi uma ideia que nasceu por iniciativa do primeiro-ministro, António Costa, apoiado imediatamente por Cabo Verde. Foi um acordo difícil de negociar porque os países têm situações diferentes, em continentes diferentes e ser possível chegar a este acordo é um triunfo fundamental”.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os Estados-membros da CPLP.
Sendo que o último país a aderir à comunidade dos países de língua portuguesa foi a Guiné Equatorial, em 2014. Uma adesão que ainda suscita polémica, pois, o país tem adiado a abolição da pena de morte.
C/RCV