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Geórgia: Televisões suspendem emissão após ataque a jornalistas

Quatro estações de Televisão Independentes (TV) da Geórgia, suspenderam, esta quarta-feira, 14, as suas emissões durante 24 horas, em protesto contra os ataques a jornalistas no País, que causaram a morte de um deles.

Alexander Lashkavara, um operador de câmara, de 37 anos, que trabalhava para a  TV Independente “Pirveli”, morreu no domingo, 11, após ter sido violentamente espancado por activistas de Extrema-Direita, a 5 de Julho, à margem de manifestações contra a realização de uma Marcha LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero +), o que suscitou manifestações de cólera no País.

Mais de 50 jornalistas foram atacados no mesmo dia e a marcha inicialmente prevista para Tbilissi (a Capital) foi anulada, por receios em relação à segurança dos participantes.

Depois da morte do jornalista, que marca “uma viragem calamitosa para a Liberdade de Informar na Geórgia, a segundo a Organização Repórteres Sem-Fronteiras (RSF), milhares de georgianos manifestaram-se para pedir a demissão do Primeiro-Ministro, Irakli Garibashvili, acusando o Partido no Poder, o “Sonho Georgiano”, de não ter impedido a violência contra aqueles profissionais.

Esta quarta-feira, 14, quatro TV Independentes – “Pirveli” (onde trabalhava Lashkarava), “Formula”, “Mtavari” e “Kavkasia” – anunciaram a suspensão das suas emissões, durante 24 horas.

Centenas de jornalistas concentraram-se, na terça-feira, 13, diante da casa de Alexander Lashkarava, em Tbilissi, para o seu funeral. Alguns formaram uma guarda-de-honra em torno do caixão, com as câmaras apontadas para o chão, em sinal de luto.

Garibashvili apresentou condolências à família e aos colegas do jornalista, prometendo uma investigação rápida sobre a sua morte, que considerou “uma tragédia incrível”.

O Chefe do Governo georgiano é alvo de críticas, quer da Oposição quer de militantes dos Direitos Humanos, após se ter pronunciado contra a realização da Marcha LGBT+, considerando-a “inaceitável para grande parte da Sociedade”.

A RSF, por seu turno, acusou as autoridades de “culpa passiva” e considerou que a Polícia falhou no seu dever de proteger os direitos dos jornalistas.

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