São os maiores protestos, em décadas, contra o Governo Cubano. Um Movimento Popular que começou de forma pacífica, mas que terminou com a Polícia a carregar sobre manifestantes e jornalistas e com brigadas de apoiantes do Governo a envolverem-se também. Aos confrontos violentos seguiram-se várias detenções.
Foram centenas as pessoas que saíram às ruas de Havana (a Capital de Cuba), no domingo, 11 – dá conta o portal pt.euronews.com -, mas, também, noutras cidades da Ilha, contra a falta de resposta das autoridades à pior Crise Económica das últimas décadas. O mal-estar social tem vindo a agravar-se com a Crise Pandémica de COVID-19, que aumentou os problemas económicos.
Os cubanos enfrentam a maior escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos, das últimas décadas.
Os protestos aconteceram no dia em que Cuba registou um novo recorde diário de infecções: seis mil 923, e de mortes, 47 óbitos, ligados à COVID-19.
O Presidente Cubano, Miguel Díaz-Canel, esteve também na rua e exortou os seus simpatizantes a responderem às manifestações anti-governamentais, na mesma moeda.
No País, a Internet esteve cortada durante toda a tarde de domingo.
Reacções
O Governo dos Estados Unidos da América (EUA) já veio dizer, que está “muito preocupado” com os apelos feitos pelo Presidente Cubano, Miguel Diaz-Canel, para se “combater” os protestos contra o Regime na Ilha.
“Estamos muito preocupados com os ‘apelos para combater’ em Cuba”, disse numa mensagem, na Rede Social “Twitter”, a secretária de Estado-Adjunta em exercício do Gabinete para os Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA, Julie Chung, que sublinhou o apoio da Administração dos EUA ao direito dos cubanos a manifestarem-sepacificamente.
Chung apela, também, à “calma” e condena “qualquer tipo de violência”.