A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) denunciou que as vacinas da Pfizer e da Moderna poderão estar associadas a ocorrências raras de inflamações no coração, após analisar 321 casos de vacinados contra o SARS-CoV-2.
A miocardite e pericardite são doenças inflamatórias do coração, apresentando sintomas como a falta de ar, palpitações e dores no peito.
O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) – revela o portal pt.euronews.com -, estudou 145 casos de miocardite e 138 casos de pericardite, após serem inoculados com a vacina da Pfizer, tendo analisado apenas 19 casos de cada inflamação, dos vacinados com a Moderna.
Até ao final de Maio, perto de 177 milhões de doses da vacina da Pfizer e 20 milhões doses da Moderna haviam sido administradas no Espaço Económico Europeu (EEE).
O PRAC aconselhou actualizar as informações das vacinas, no sentido de incluir os efeito colaterais e aumentar a consciencialização entre as equipas de Saúde e os utentes.
O Comité recomendou, ainda, a restrição da Comercialização da Vacina da Johnson&Johnson para as pessoas com histórico de Síndrome de Derrame Capilar, mais conhecida por Doença de Clarkson.
De acordo com o PRAC, é aconselhável adiccionar uma advertência para a Doença de Clarkson, em que o fluido vaza pequenos vasos sanguíneos, provocando inchaço, pressão arterial baixa, espessamento do sangue e níveis baixos de albumina no sangue.
O PRAC acrescentou, também, que as informações do produto usado na AstraZeneca incluem um aviso para consciencializar sobre os casos de Síndrome de Guillain-Barré (SBG), que podem ter sido relatados, após a vacinação.
A SBG provoca inflamação nos nervos e pode resultar em dor, dormência, fraqueza muscular e dificuldade em andar.
Em Junho, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou que a ocorrência de inflamações no coração – em adolescentes e jovens adultos -, poderá estar associada às vacinas da Pfizer e da Moderna contra o SARS-CoV-2.
De acordo com a informação divulgada por este Organismo dos EUA, há registo de inflamações no coração, ainda que raras, em adolescentes e jovens adultos que receberam os fármacos desenvolvidos pela Pfizer (em parceria com a BioNTech) e pela Moderna, duas vacinas centralizadas no método RNA (Ácido Ribonucleico).
Investigadores convocados pelo CDC revisitaram estas ocorrências de miocardite e pericardite, ou seja, inflamações do músculo cardíaco ou da membrana do coração.