Esta foi a primeira hospitalização conhecida do Papa Francisco, desde que foi eleito para Líder Máximo da Igreja Católica, em 2013. Ele “reagiu bem” à intervenção cirúrgica intestinal, que ocorreu num Hospital de Roma.
Numa declaração no final de domingo, 4, um porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni – citado pelo portal jn.pt -, disse que Francisco, de 84 anos, teve anestesia geral durante a Cirurgia necessária, não revelando, porém, quanto tempo durou a operação.
O Vaticano já tinha informado que o Papa Francisco tinha sido internado, na tarde de domingo, num Hospital, em Roma (Capital da Itália), para uma Cirurgia programada ao intestino grosso.
A notícia foi dada, apenas, três horas depois de Francisco ter saudado, alegremente, o público, na Praça de São Pedro (no Vaticano) e e lhes ter dito que iria â Huingria e à Eslováquia, Setembro.
Esta foi a primeira hospitalização, conhecida, do Papa, desde que foi eleito para Líder Máximo da Igreja Católica, em 2013.
A breve declaração do Gabinete de Imprensa da Santa Sé prometeu, então, uma actualização médica, após a Cirurgia, realizada na Políclinica “Gemelli”, um Hospital-Escola Católico. O Vaticano não disse quando começaria a Cirurgia.
O Vaticano disse que ao Papa tinha sido diagnosticado “estenose diverticular sintomática do cólon”, uma referência a um estreitamento no intestino grosso.
Um “diverticulum” é uma saliência tipo bolsa, através da parede muscular do intestino. Quando a diverticula fica inflamada – uma condição comum, especialmente em pessoas mais velhas -, parte do intestino pode, por vezes, estreitar e pode ser necessária Cirurgia, de acordo com os gastro-enterologistas. Tal Cirurgia pode ser realizada sob anestesia geral, possivelmente, com uma intervenção laparoscópica.
Antecedentes
Uma semana antes, Francisco, na sua habitual aparição dominical, pediu ao público orações especiais para si próprio, um apelo que pode ter sido relacionado com a Cirurgia planeada.
“Peço-vos que rezeis pelo Papa, rezeis de uma forma especial”, disse Francisco aos fiéis, na Praça de São Pedro, a 27 de Junho, remarcando que “o Papa precisa das vossas orações”, e que “sei que o farão”.
O Papa Francisco está, em geral de boa saúde, mas, quando jovem, foi-lhe removida parte de um pulmão. Também sofre de ciática, com um nervo a afectar-lhe a parte inferior das costas e a perna, uma condição dolorosa que o obrigou, por vezes, a adiar aparições programadas.
O Papa teve um conjunto de acções, particularmente exigentes, na semana passada, incluindo a Celebração de uma Missa, na terça-feira, para assinalar o Dia da Festa Católica em honra dos Santos Pedro e Paulo – 29 de Junho -, e, no final da semana, uma Oração pelo Líbano.
A 28 de Junho, teve, também, uma longa Audiência Privada, no Vaticano, com o secretário de Estado Norte-Americano, António Blinken. Em todos esses compromissos, Francisco parecia estar de bom ânimo.
Normalmente, além da tradicional Bênção de Domingo, ao meio-dia, e, das suas palavras de uma janela Do Palácio Apostólico, com vista para a Praça de São Pedro, o Pontífice realiza uma Audiência Pública, todas as quartas-feiras. Mas, com o calor de Roma, as audiências foram suspensas para as quartas-feiras de Julho.
Os médicos do “Gemelli” já foram cirurgião de anteriores papas, nomeadamente, de João Paulo II, que o Vaticano disse ser a um tumor benigno no cólon, removido em 1992. João Paulo II fez várias outras cirurgias naquele Hospital, inclusive depois de ter sido baleado por um jovem, na Praça de São Pedro, em 1981.
João Paulo II também teve vários problemas médicos, nos seus últimos anos, incluindo complicações graves da doença de Parkinson, e teve numerosos internamentos em “Gemelli”.