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Política

Cabo Verde conquistou a independência há 46 anos 

Há 46 anos, em 5 de Julho de 1975, Cabo Verde se tornava uma nação independente e soberana, ao proclamar a sua independência, pela voz do primeiro presidente da Assembleia Nacional Popular, Abílio Duarte.

Os primeiros deputados nacionais foram eleitos a 30 de junho e a primeira Assembleia Nacional Popular constituída a 04 de Julho do mesmo ano. Na altura, Isaura Gomes, era a única mulher eleita no rol dos 56 deputados da Nação.

Na mesma data foi ainda eleito o primeiro presidente da República de Cabo Verde, Aristides Pereira, e o primeiro-ministro, Pedro Pires. 

Um momento único para a história do país, testemunhado por milhares de cabo-verdianos, mas também por observadores internacionais, que olhavam para a conquista com desconfiança, já que o país não possuía recursos para se aguentar enquanto país livre. 

Na altura, Cabo Verde era, para muitos, um país inviável e, portanto, de nada lhe valia ser independente. Hoje, o arquipélago é um exemplo e uma referência a nível mundial, principalmente no continente africano, ocupando posições cimeiras em vários domínios tais como a boa governação e transparência, o desenvolvimento humano e a governação electrónica, entre outros indicadores apurados por organizações internacionais de renomado prestígio.

A chegada do pluripartidarismo, das reformas económicas e da implementação da “Agenda de Transformação” fizeram com que o país passasse a depender muito menos das ajudas externas e das remessas dos emigrantes.

Tudo isso, graças, sobretudo, a uma aposta na sustentabilidade do seu desenvolvimento através de investimentos em sectores como a educação, o combate à pobreza, o turismo, a agricultura e, particularmente, em infraestruturas como estradas, portos e aeroportos que estão a contribuir para a dinamização de diversos outros sectores da economia.

Em consequência do bom desempenho económico e social, Cabo Verde passou a integrar o grupo de Países de Rendimento Médio em 2008, deixando o grupo dos Países Menos Avançados (PMA), que integrava desde 1977.

História 

O arquipélago de Cabo Verde terá sido descoberto em 1460 por navegadores italianos e portugueses, tendo o povoamento começado na ilha de Santiago, em 1462.

Dada a sua posição estratégica, nas rotas que ligavam Europa, África e Brasil, as ilhas serviram de entreposto comercial e de aprovisionamento, com particular destaque no tráfego de escravos. Cedo, o arquipélago tornou-se num centro de concentração e dispersão de homens, plantas e animais.

Com a abolição do comércio de escravos e a constante deterioração das condições climáticas, Cabo Verde entrou em decadência e passou a viver com base numa economia pobre, de subsistência.

Europeus livres e escravos da costa africana fundiram-se num só povo, o cabo-verdiano, com uma forma de estar e viver muito própria e o crioulo emergiu como idioma da comunidade maioritariamente mestiça.

Em 1956, Amílcar Cabral criou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), lutando contra o colonialismo e iniciando uma marcha para a independência. 

A 19 de Dezembro de 1974 foi assinado um acordo entre o PAIGC e Portugal, instaurando-se um governo de transição em Cabo Verde. Este mesmo Governo preparou as eleições para uma Assembleia Nacional Popular que em 5 de julho de 1975 proclamou a independência.

A demarcação cultural em relação a Portugal e a divulgação de ideias nacionalistas conduziram à independência do arquipélago em julho de 1975.

Em 1991, na sequência das primeiras eleições multipartidárias realizadas no país, foi instituída uma democracia parlamentar com todas as instituições de uma democracia moderna. 

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