Nas últimas duas semanas, o Comité Olímpico Cabo-verdiano COC) ministrou uma formação para sete treinadores de esgrima da ilha de São Vicente, com vista à “massificação” da modalidade em todo o arquipélago.
Segundo o diretor técnico da Federação de Esgrima de Cabo Verde, Rui Fortes, o projeto, do Programa de Solidariedade Olímpica, visa massificar a esgrima no máximo de ilhas possíveis, bem como, criar mais duas associações da modalidade. A já criada em Santiago Norte e brevemente nascerá a de Santo Antão. E dessa forma, “auferir o estatuto de utilidade pública” e “ter algum benefício das verbas do Governo”.
A formação realizada no Comando da Primeira Região Militar, no Mindelo, é segunda fase do projeto, que se iniciou anteriormente em Santa Cruz (Santiago Norte), e na próxima semana mais dois estarão formados em Santo Antão.
Participaram na formação duas cadetes, de 15 e 16 anos, que fazem parte da associação de São Vicente, e os restantes são estudantes e professores já formados do curso de Educação Física e treinadores de esgrima do comando. Todos recebem um certificado do Programa de Solidariedade Olímpica, com reconhecimento internacional para treinadores de nível um de esgrima, do Comité Olímpico Internacional (COI).
Para o formador português André Pereira, um “desafio bastante interessante” de formar treinadores, que antes não tinham qualquer contacto com a esgrima, mas que a formação em educação física do formandos beneficiou a sua aprendizagem.
“Se forem ativos, se forem sempre à procura de jovens, terem contacto com os treinadores das outras ilhas e se forem tendo alguns encontros, acho que este projeto tem pernas para andar”, considerou o formador, que seguirá agora para Santo Antão, Sal e Boa Vista.
O diretor técnico da federação, Rui Fortes, assegurou, por seu lado, que a ideia de esgrima em Cabo Verde tem sido acolhida com “muita curiosidade”, mas quer o objectivo é arrecadar “cada vez mais simpatizantes”.
C/inforpress