O Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), promoveu esta quarta-feira,23, um seminário para debater o problema do excesso do sal como um dos fatores de risco de AVC. A iniciativa contou com a parceria da Direção Nacional da Saúde e da Organização Mundial da Saúde(OMS). Isto quando, os últimos dados apontam que 30,8% da população do país é hipertensa.
Este seminário aconteceu no âmbito da iniciativa “2021 Ano do Acidente Vascular Cerebral: Uma Doença Prevenível e Tratável – Konxel pa Ivital”, especialmente quando, em Cabo Verde, segundo o Inquérito das Doenças Não Transmissíveis (IDNT)-II/2020, 30.8% da população adulta é hipertensa.
Segundo a mesma fonte, cerca de 8.5% da população adulta refere que consome sempre, ou que, frequentemente adiciona sal, ou molhos salgados, enquanto comem.
O consumo médio de sal na população cabo-verdiana, em gramas por dia (g/dia), ultrapassa a recomendação da OMS e atinge os 9.2 gramas por dia.
A nível internacional, estima-se que 11 milhões de mortes em todo o mundo estão associadas a uma dieta pobre, e destes, 3 milhões dos quais estão associados à alta ingestão de sódio.
Riscos
O excesso da ingestão de sódio (sal) na dieta aumenta a pressão arterial e, consequentemente, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte por Doenças Crónicas Não Transmissíveis (DCNT) em todo o mundo, responsáveis por 32% de todas as mortes.
Reduzir a ingestão de sódio é uma forma eficaz de diminuir a tensão arterial e, assim, reduzir as DCNT, como doenças cardiovasculares, doença renal crônica, obesidade, cancro gástrico e doenças hepáticas. Uma proporção significativa de sódio na dieta vem de alimentos industrializados, como pão, carnes processadas e laticínios.