PUB

Saúde

CNDHC defende introdução do braille e linguagem gestual na saúde

No âmbito de um estudo sobre o “ Exercício da Cidadania em Saúde em Cabo Verde”, a Comissão Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania considera ser necessário haver melhorias na acessibilidade à saúde e introduzir o braille e a linguagem gestual para melhorar a comunicação com os utentes.

De acordo com informações avançadas pela Inforpress, a Presidente da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC), Zaida Fritas, alertou que o estudo mostra que o acesso à saúde “ainda não é igualitário” e que as questões de acessibilidade ainda são bastantes frágeis, uma vez que o modelo de comunicação usado não leva em conta a linguagem gestual e o braille.

Deste modo considera ser necessário melhorar a comunicação com os utentes, introduzindo o braille e a linguagem gestual para que o acesso à saúde seja mais inclusivo.

Zaida Morais de Freitas considera que apesar dos ganhos que o setor da saúde vem conquistando, em termos de infraestruturas e recrutamento de pessoal qualificado, ainda existe um défice no que diz respeito às consultas de especialidade, especialmente nas ilhas mais periféricas.

“Percebemos com o estudo que o acesso à saúde de qualidade ainda não é igualitário, ou seja, nem todos acedemos de igual forma à saúde. Aqui falamos dos grupos mais vulnerabilizados pelo sistema, falamos de pessoas com baixa renda e mais pobres, com doença mental, idosos, e pessoas com deficiência que, de alguma forma, não acedem da melhor forma ao sistema de saúde”.

Para isso considera necessário haver uma concertação permanente entre os vários intervenientes na saúde, relacionados com o saneamento básico, alimentação, acesso ao emprego e nível de vida minimamente satisfatório, para que possa haver interferência na saúde dos cabo-verdianos.

O estudo aponta também que a questão da literacia em saúde ainda gera alguma preocupação, sendo os mais idosos e a camada menos favorecida da população os que mais sofrem com ela, pelo que o estudo aponta para uma necessidade de uma abordagem na saúde baseada em direitos humanos.

Este  estudo,  foi elaborado com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e  tem como principais objectivos avaliar o exercício da cidadania em Saúde, em Cabo Verde, comparando o período pré e o abrangido pela pandemia da covid-19.

C/Inforpress

PUB

PUB

PUB

To Top