Osvaldo Barbosa declarou, hoje na cidade da Praia, a sua candidatura ao palácio do Platô.
Em conferência de imprensa, hoje de manhã, no bairro de Lém Ferreira, de onde é originário, Osvaldo Barbosa disse que encara a corrida à presidência da República com “orgulho, patriotismo e de boa-fé”.
Além disso, o agora candidato presidencial acrescentou que conta com a “força da juventude” para alcançar o seu objetivo, dispensando o apoio dos partidos políticos.
“Trata-se de uma candidatura do povo para o povo e conta com o apoio dos jovens (…) Podíamos ter apoios partidários, mas não queremos cumplicidade”, afirmou Barbosa reiterando que quer contar com os cabo-verdianos e que, caso vença, não será um Presidente “sentado no escritório, enquanto o povo sofre”.
Quanto às razões que motivaram a sua candidatura, apontou, por um lado, o “coronavírus, o estado de emergência e a quarentena”.
“Sentimos a ausência da Assembleia Nacional, Governo e Presidente”, apontou, referindo-se à situação pandémica vivida no país.
“Durante o estado de emergência, o Presidente da República devia estar mais próximo do povo para lhe levar fé e esperança. Vimos esta gente a fugir”, lamentou Barbosa, acrescentando que os cabo-verdianos sentiram falta destas entidades.
Por outro lado, o candidato presidencial, fundamentou que a democracia cabo-verdiana é ainda “muito jovem” e esta é também uma das razões que o levaram a pensar na candidatura ao cargo.
“Se for eleito Presidente da República, a primeira coisa que peço a Deus é para me dar inteligência para ser aquele Presidente guardião da Constituição da República de Cabo Verde” e de “servir o povo cabo-verdiano”.
Osvaldo Barbosa garantiu, ainda, que 60 dias antes das eleições terá todas as assinaturas para viabilizar a sua candidatura e pronto para entregar toda a documentação ao Tribunal Constitucional.
Quanto ao seu projeto presidencial, prefere, conforme explicou, apresentá-lo “na hora H” e avançou que não teme a concorrência, sobretudo a de Carlos Veiga e José Maria Neves.
“Claro que não. Temos a força da juventude que é o motor da economia cabo-verdiana. Os senhores Carlos Veiga e José Maria Neves foram bons primeiros-ministros, mas serão bons presidentes? ”, questionou.
Na corrida eleitoral de 17 de outubro, Osvaldo Barbosa terá ao seu lado o ex-primeiro-ministro, Carlos Veiga, (1991 a 2000), e ex-presidente do Movimento para a Democracia (MpD, no poder), o antigo chefe do Governo José Maria Neves (2000 a 2015) e antigo presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde, o deputado Hélio Sanches, eleito nas listas do MpD, o professor universitário Daniel Medina, o empresário Marcos Rodrigues, Péricles Tavares, licenciado em Ciências Políticas e Relações Internacionais e o engenheiro naval Fernando Rocha Delgado.
C/Inforpress