Ismael Bora, DJ conhecido no meio artístico por B Show, morreu no passado dia 6 de Junho, ao que tudo indica de um Trombo Embolismo Pulmonar. Um mês antes teria sido operado a uma lesão no joelho, da qual seguiu-se várias queixas e deterioração do seu estado de saúde. Os familiares acusam o Hospital Amadora-Sintra de negligência médica e pedem justiça.
De acordo com relato feito pela irmã, Cátia Bora, Ismael Bora deu entrada no Hospital pela primeira vez no dia 3 de Maio, depois de se lesionar no joelho esquerdo, num jogo de futebol.
“Levou mais de 6 horas para ser atendido e quando foi atendido o médico referiu-se à lesão como tens o joelho todo roto… Vais ter que ser operado de urgência”, relatou, frisando que o jovem não tinha qualquer antecedente pessoal ou qualquer patologia.
Em uma publicação no Instagram, através do perfil da artista Kiara Timas, Cátia explica que foram realizados exames complementares de diagnóstico no dia seguinte e que, comprovada a gravidade da lesão (fratura do quadricípite) foi ao bloco de urgência no dia 5 de Maio, tendo posteriormente ficado internado no serviço de Ortopedia.
No dia seguinte o jovem teria desenvolvido um quadro de tonturas, náuseas, vómitos e cefaleias intensas. Os sintomas teriam persistido, mas não impediram que Isael recebesse alta, no dia 8 de Maio, com alguma medicação prescrita.
Segundo a irmã, em casa o jovem continuou a relatar os mesmos sintomas, até uma nova consulta, onde foi-lhe colocada uma nova tala gessada, que, entretanto, revelou estar muito compressiva.
“No dia 31 de Maio foi contactado o 112 por queixas de dor no peito, falta de ar e dormência no hemicorpo direito. À chegada ao serviço de urgência (cerca da 00h00), foi realizado ECG simples tendo a técnica que realizou o exame referido que à partida não seria nada. O Ismael foi deixado no corredor do SO desde então (cerca da 00h00) até as 9h30 da manhã, quando foi realizado um RaioX de tórax simples ao que foi referido que aparentemente seria uma contração muscular, pelo que foi dada alta clínica novamente”, continuou.
Ismael foi então para casa, continuou com os mesmos sintomas e no dia 6 começou novamente com um quadro de tremores, sudorese intensa, náuseas, falta de ar, taquicardia e dor torácica.
Faleceu no mesmo dia, ao que tudo indica, vítima de uma TEP (Trombo Embolismo Pulmonar – segundo a médica do INEM). A autópsia, segundo a irmã, foi dispensada.
Mesmo assim, passados sete dias, a família ainda não conseguiu ter o corpo liberado para realizar o funeral. Na plataforma Go Found Me decorre uma campanha para arrecadação de fundos destinada a ajudar a família com as despesas fúnebres.