A festa das artes cénicas está de volta à ilha do Sal. O Festival Nacional de Teatro SalEncena, regressa depois de um ano parado, por causa da pandemia. O certame acontece de 14 a 20 de Junho.
A 8ª edição conta com grupos de teatro de três ilhas, Santiago, São Vicente e São Nicolau, além dos anfitriões da casa, num total de sete peças teatrais, que vão subir ao palco do Centro Cultural de Santa Maria.
Dja d´Sal, o grupo anfitrião, apresenta em reposição a peça “À nossa maneira”, uma comédia, com novos actores.
Entre as iniciativas programadas etá uma formação, em parceria com a MUSGO Produção Cultural (Sintra, Portugal), ministrada pelo actor Ricardo Reis, momentos de contar histórias, denominado Dja d´Sal Histórias, em que o contador de estórias Adriano Reis vai embalar a meninada com contos de outrora, à soleira da porta, nos jardins municipais, principalmente.
Para os mais novos está prevista a actuação de palhaços, durante o Sal Circo.
O desfile das peças teatrais acontece de 17 a 20 e a novidade nesta oitava edição é a estreia do documentário “Fernandinho e João Verbo”, uma adaptação de textos dos escritores cabo-verdianos Sabino Lino Évora e Evel Rocha, episódios da vida de dois migrantes que, no espaço de três décadas, entre os anos 40 e os anos 70 do séc. XX, procuraram a ilha do Sal como espaço de trabalho e sonho de prosperidade.
À semelhança das edições anteriores, o momento de homenagem é dedicado a Luciano Teixeira, um jovem explorador do Buracona, que tem dado emprego a muitas famílias na ilha turística.
Victor Silva, promotor do evento, actor e líder do Grupo Teatro Dja d ́Sal, apela à presença das pessoas no festival, alertando ao mesmo tempo que os lugares são limitados, em observância às normas sanitárias.
“Este ano as coisas estão um pouco complicadas, em termos de patrocínio também muito fraco (…) Felizmente os hotéis continuaram a ajudar-nos. Mas vamos ter um grande espectáculo de teatro”, manifestou.