Agentes da segurança privada têm previsto uma greve de 15 a 18 de junho. As partes, o SINTSEL, sindicato que representa os vigilantes, e as empresas de segurança privada não chegaram a acordo, nem quanto aos serviços mínimos a serem prestados durante a greve. O SINTSEL ameaça mesmo queixar-se contra o Estado se avançar com a requisição civil.
O último recurso para evitar a greve anunciada não surtiu efeito. Nenhum entendimento saiu da reunião de consertação promovida pela direção geral do trabalho, na sexta-feira,11. Os vigilantes vão mesmo fazer greve das 8h do dia 15 até à mesma hora do dia 18.
“Pelo incuprimento das empresas de segurança privada com o acordo coletivo de trabalho que foi assinado e publicado entre o sindicato e empresa de segurança privada, não resta aos vigilantes outra alternativa senão partir para greve para fazer valer os seus direitos”, faz saber Manuel Barros, presidente do Sindicato Nacional de Agentes de Segurança Pública e Privada, Serviços, Agricultura, Comércios e Pescas (SINTSEL).
O responsável ainda diz que os vigilantes não vão cumprir os serviços mínimos porque as empresas de segurança querem 50% de vigilantes para prestarem esse serviço.
A proposta do sindicato foi um vigilante para serviço minimo no posto de 24h, não dois como eles propuseram por cada quatro vigilantes, conforme está na lei”.
O SINTSEL diz que pode queixar-se do Estado se este avançar com a requisição civil.
“A Inspeção Geral do Trabalho não está a fiscalizar empresas de segurança privada até mesmo as empresas queixam-se dessa falta de fiscalização. Por isso, apelamos ao Estado que deixe o sindicato e os vigilantes lutarem pelos seus direitos, já que estes não o fazem. Caso o Estado avançe com a requisição civil, nós vamos apresentar queixa contra o Estado nos próximos dias”, avança Manuel Barros.
O não cumprimento por parte das empresas de segurança privada da nova grelha salarial, fixada através de acordo coletivo de trabalho, assinado entre o sindicato que representa os vigilantes, as empresas de segurança privada e o Estado em 2017, e que está em vigor desde o mês passado, está na origem da greve.
C/RCV