Jorge Nogueira, ex-presidente da Câmara Municipal de São Filipe, diz que pretende levar Nuías Silva a Tribunal. Em causa as acusações feitas pelo actual autarca, que garantiu haver irregularidades, porque as contas da autarquia cessante não batem certo.
Em sua defesa, Jorge Nogueira garante que trabalhou na legalidade, sempre apresentou devidamente as contas e todo o dinheiro que foi investido naquele município.
“Aquilo que ele disse foi uma farsa, uma publicidade, pois a câmara anterior não pode apresentar a conta-gerência, embora os nossos deputados estejam à disposição de o fazer. Todo o dinheiro da câmara foi empregue nas obras, projetos e trabalhos para São Filipe, não teve desvio de um centavo da autarquia, para ninguém. A passagem de pasta também é outra farsa”, alega.
O ex-edil adianta ainda que o único objetivo de Nuias Silva é de denegrir a sua imagem, agradar aos munícipes e apresentar-se como um grande defensor das causas de São Filipe. Jorge Nogueira declarou também a sua decisão de levar o caso a tribunal para repor a verdade.
“Há sete meses que, obcecadamente, tenho ouvido o senhor Nuias Silva a falar da anterior cãmara e do ex-presidente, com informações deturpadas, falsas e com suspeições. Apresento a minha indignação perante tanta calúnia e maldade, com o único objetivo de desviar atenção da sua câmara que, em sete meses, não fez absolutamente nada. O meu advogado vai apresentar uma queixa-crime contra toda essa difamação”, sublinha Jorge Nogueira.
O caso
Recorde-se que, de acordo com o atual presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuias Silva, as contas e os dados da edilidade cessante não batem certo, bem como as receitas, e, como alega, há documentos fora do sistema. Para Nuías Silva seria então necessário um orçamento retificativo para depois fazer-se a conta de gerência.
Além disso, o presidente atual acusou o MpD de querer vingar-se dos munícipes, tendo em conta a votação contra, daquele partido, no que diz respeito a algumas atividades culturais, bem como à solução de concessionar os imóveis da localidade, ao invés de vender.
C/RCV
