Neiva Nadine Fernandes de Brito ou “Telma” como é popularmente conhecida, é uma jovem empreendedora da cidade de Assomada. Com um talento nato para o crochê (renda), aos 23 anos, “Telma” já está a investir no seu próprio negócio em busca de uma autonomia financeira e profissional.
Uma agulha e uma linha, aliados à dedicação e profissionalismo, são os materiais indispensáveis para a criação das peças de crochê feitas pela “Telma”. A jovem, que é licenciada em Estudos Ingleses, conta que por não ter conseguido emprego na sua área de formação, investiu no seu dom.
“Apesar da licenciatura, ainda me encontrava desempregada, porém queria ter um pouco de independência financeira e profissional. E foi nesse sentido que comecei a me dedicar ao crochê”, conta.
A jovem recorda que aprendeu o básico do croché com a sua mãe, no entanto sempre procurou aprender mais e inovar, e, passado algum tempo, começou a fazer peças de vestuário, nomeadamente bikinis, top/croppeds, brincos, entre outros.
Pandemia uma alavanca
“Telma” realça que a pandemia foi como uma alavanca para o seu negócio, por causa das dificuldades colocadas pela crise, que se alastrou por todo o país. Foi então que encontrou coragem para divulgar o seu talento nas redes sociais.
“Eu recomecei a fazer crochê durante a quarentena onde recebi elogios dos meus amigos e alguns pedidos. Então resolvi transformar o meu hobby num business no final de 2020. Comecei esse negócio com um pouco de receio, mas desde o dia em que criei a página “kroxe_pa_kretxeu”, e comecei a divulgar o meu trabalho, até agora, só tenho recebido feedbacks positivos”, garante.
Apesar de recente, e de ainda não estar legalizada, a criação da empresa Kroxe pa Kretxeu trouxe consigo algumas “pedras” no caminho para esta jovem.
“Os desafios são vários, incluindo a gestão de tempo e a disponibilidade dos materiais que são essenciais para o funcionamento da empresa. Já pensei em desistir, mas o meu amor pelo crochê falou mais alto”, afirma.
Além da divulgação nas redes sociais, “Telma” já expôs o seu croché em feiras e desfiles, e anseia expandir o seu negócio para mais tarde ajudar outros jovens em situação de desemprego.
Com muita persistência e força de vontade, esta jovem não desistiu dos seus sonhos, e garante que continua na luta para se “desafiar” a si mesma, sempre em busca de mais conhecimento na arte que abraçou.
