A Organização Mundial da Saúde (OMS) recorreu a letras do alfabeto grego, para designar as variantes do novo Coronavírus SARS-CoV-2, consideradas de interesse ou preocupação, evitando a nomeação “estigmatizante e discriminatória” pelo local onde foram detetadas.
Em Comunicado, divulgado nesta terça-feira, 1 de Jungo – a que o portal dn.pt teve acesso -, a OMS adianta que reuniu um grupo de especialistas, nomeadamente, em nomenclatura e taxonomia de vírus, para adoptar designações “simples e fáceis de dizer e memorizar”.
De acordo com a tabela da OMS, a variante B.1.1.7, detectada pela primeira vez no Reino Unido, foi baptizada “Alpha”; a B.1.351, com origem na África do Sul, passou a chamar-se “Beta”; e a P.1, identificada no Brasil, “Gamma”.
As sublinhagens B.1.617.1 e B.1.617.2 da variante B.1.617, com origem na Índia, foram designadas “Kappa” e “Delta”, respectivamente.
As quatro variantes já foram detectadas em Portugal.
As estirpes do SARS-CoV-2, agora designadas “Alpha”, “Beta”, “Gama” e “Delta” são consideradas pela OMS como de “preocupação”, por estarem associadas a uma ou mais de três condições: aumento da transmissibilidade, aumento da virulência ou diminuição da eficácia das medidas sociais e de Saúde Pública, diagnósticos, vacinas ou medicamentos disponíveis.
A variante “Kappa” foi classificada pela OMS como de “interesse”, por estar associada a múltiplos casos ou a transmissão comunitária ou em vários países.
Nesta categoria existem mais cinco variantes: a B.1.427/B.1.429 e a B.1.526, ambas identificadas, pela primeira vez, nos Estados Unidos da América, que passaram a designar-se “Epsilon” e “Iota”, respectivamente; a P.2, com origem no Brasil, que foi chamada de “Zeta”; a P.3, detectada nas Filipinas, nomeada “Theta”, e a B.1.525, de diversos países, que é, agora, “Eta”.
Os novos nomes das variantes – que não substituem os nomes científicos, mais difíceis de pronunciar e lembrar, mas que continuarão a ser usados no contexto de trabalho científico -, foram escolhidos após “uma ampla consulta e revisão de muitos sistemas de nomenclatura”, refere o Comunicado da OMS, assinalando que a medida visa “simplificar as comunicações públicas” e evitar designar as variantes do SARS-CoV-2 pelos locais onde foram identificadas, pela primeira vez, “o que é estigmatizante e discriminatório”.
A OMS incentiva as autoridades de cada País e os meios de Comunicação Social a adoptarem as novas designações, entretanto publicadas na Página da OMS, na Internet.
O SARS-CoV-2 é o novo Coronavírus que causa a Doença Respiratória COVID-19, que se tornou numa Pandemia Mundial.