Cientistas na Alemanha anunciaram ter desvendado a causa dos raros coágulos sanguíneos, ligados às vacinas contra o novo Coronavírus.
Pesquisadores alemães – dá conta o portal oglobo.globo.com -, defendem que o efeito colateral, muito menos comum do que a trombose causada pela COVID-19, pode ser corrigido.
Os cientistas garantem ter desvendado a causa dos raros coágulos sanguíneos, ligados às vacinas contra COVID-19. Os casos, episódios muito mais raros do que os causados pela própria Doença, surgiram em pessoas que tomaram as doses da Oxford/AstraZeneca e da Johnson & Johnson. Segundo os pesquisadores, o risco pode ser eliminado com ajustes.
Rolf Marschalek, professor da Universidade Goethe, em Frankfurt (na Alemanha), que conduz os estudos sobre o problema, disse que sua Pesquisa mostrou que o problema estava nos vectores de adenovírus, que ambas as vacinas usam para fornecer a proteína “spike” do Sars-Cov-2, vírus no corpo.
Ainda ele, a rara reacção de coagulação do sangue, que interrompeu o lançamento das vacinas AstraZeneca e J&J foi registada em 309 das 33 milhões de pessoas que receberam a vacina AstraZeneca no Reino Unido, causando 56 mortes. Na Europa, pelo menos, 142 pessoas tiveram coágulos sanguíneos em 16 milhões de receptores da vacina.
Em resposta, o uso da vacina AstraZeneca foi restringido ou suspenso em mais de uma dezena de países na Europa. Já a J&J lançou a vacina com um aviso em seu rótulo, em Abril, após um breve atraso, devido às preocupações.
A proteína na injecção da J&J era menos propensa ao problema do que a proteína na injecção da AstraZeneca, tornando a reacção menos comum, de acordo com Marschalek. Nos Estados Unidos da América, oito dos 7,4 milhões que receberam a dose da J&J relataram a rara reacção.
Alguns cientistas advertem, no entanto, que a teoria de Marschalek é uma entre muitas, e que mais evidências são necessárias para fundamentar suas afirmações. Segundo o cientista alemão, as descobertas de seu Laboratório foram reportadas ao Instituto “Paul-Ehrlich” – do Governo alemão – e ao Órgão Consultivo daquele País europeu sobre vacinação e imunização.