Portugal já exportou qualquer coisa como 160 milhões de euros em máscaras (em 2020), a que se juntam 7,6 milhões este ano.
Só em Maio de 2020 – aponta jn.pt -, foram vendidas ao exterior máscaras no valor de 58,9 milhões de euros e de 33,5 milhões em Junho. A partir de Julho, a procura acalmou e, nos primeiros meses de 2021 caiu mesmo para valores que são metade dos verificados em Novembro e Dezembro.
Os dados não são fáceis de contabilizar, já que só em Janeiro de 2021 foram criadas classificações específicas pautais para as máscaras, mas o crescimento extraordinário verificado numa categoria têxtil residual em que estes artigos estavam integrados, permite estimar, com alguma segurança, o valor total em causa. Os dados da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) apontam para 169 milhões de euros de aumento desta categoria residual em 2020, dos quais 159,9 milhões se verificaram entre Abril e Dezembro.
Os primeiros modelos de máscaras comunitárias foram certificados a partir de 18 de Abril. Não admira, por isso, que, em Maio e Junho, as exportações da categoria “artefactos têxteis confeccionados” tenham crescido 2417 por cento (%) e 1795%, respectivamente.
Das vendas no Mercado Nacional não há dados, mas sabe-se que foi há um ano que o uso de máscaras em transportes e espaços públicos fechados se tornou obrigatório em Portugal, levando os consumidores a procurarem abastecer-se de um novo produto cuja oferta era, ainda, limitada.
Os primeiros meses foram de euforia, até porque, para muitas empresas têxteis e de confecções, as máscaras eram as únicas encomendas que tinham, mas, à medida que os consumidores se foram abastecendo, o Mercado foi normalizando.