O Governo vai reunir-se no decorrer desta semana para avaliar a necessidade da suspensão ou não das aulas, devido ao aumento do número de casos da covid-19 em Cabo Verde.
O pedido de suspensão das aulas foi feito pelo solicitado pelo Sindicato Nacional dos Professores (Sindprof).
Ciente da evolução da pandemia no país, o ministro da Saúde e da Segurança Social, Arlindo do Rosário, indicou que, à semelhança do que aconteceu aquando da abertura das aulas em Outubro, o Governo vai também analisar esta questão num encontro envolvendo responsáveis da Educação, da Saúde e dos sindicatos.
“Portanto, houve uma discussão muito participativa e foi com base nos subsídios e nas recomendações desta reunião que o Governo tomou a decisão de avançar pela abertura. Da mesma forma que fizemos nessa altura, iremos fazer desta vez”, disse, em conversa com os jornalistas na sessão de apresentação do estudo sobre Comportamentos Atitudes de Práticas em relação à covid-19.
Neste sentido, sem precisar a data certa para reunião, adiantou que na próxima semana será promovido um encontro, na mesma linha e com o mesmo formato para uma análise assente em “evidências”.
“Vamos avaliar qual é a situação a nível nacional, qual é a situação em cada concelho, e em função das informações que serão prestadas pela Direcção Nacional de Saúde, pelo Instituto Nacional de Saúde Pública e todo o núcleo que tem estado a fazer face a esta situação, decidir”, explicou.
Impotorta referir que o Sindprof exortou na quinta-feira, 06, o Ministério da Educação a encerrar todas as escolas do País devido ao agravamento do número de casos de covid-19 no último mês e pediu a vacinação dos professores.
O Sindprof sublinhou que o encerramento das aulas no ano lectivo anterior foi “uma medida assertiva” que levou à diminuição dos casos de covid-19 no país.
De acordo com o sindicato, neste momento há “muitos professores e alunos infectados”, entendendo, por isso, que é preciso agir, “antes que seja tarde”. O referido sindicato defendeu ainda que já é hora de pensar na vacinação dos professores. “Grande parte dos professores acarretam sérios problemas de saúde, estando, também, neste momento, em perigo, já que trabalham com dezenas de alunos numa turma”, apontou.
O Sindprof manifestou ainda a sua disponibilidade para cooperar com as delegações escolares e, também, com as autoridades sanitárias e da saúde.
C/Inforpress