Assinala-se hoje, sexta-feira,23, o Dia Mundial do Autor. Nas suas mensagens alusivas à data, a SOCA apela à união da classe para resolver as irregularidades e SCM felicita os criadores pelo “extraordinário trabalho” feito e pela “resiliência e resistência” neste tempo de pandemia.
Para o presidente da Sociedade Cabo-verdiana de Autores, Daniel Spínola, o Dia Mundial do Autor é apenas simbólico, porque todos os dias são dias de celebrar os autores, defender e salvaguardar os seus interesses.
Em declaração à Inforpress, Daniel Spínola disse que a sua mensagem sobre a efeméride é de apelo à união e congregação dos esforços à volta das sociedades de gestão colectivas.
Pois, conforme sublinhou, a união faz a força e é só assim é que vão conseguir pôr cobro a situação de “ilegalidade” que acontece no país, ao utilizarem os trabalhos dos autores e artistas sem pagarem os direitos.
“Todos os artistas e autores devem unir-se (…) para que possamos atingir o objectivo maior que é cobrar e distribuir os direitos e, portanto, ressarcir aos autores e artistas. Só fazendo um trabalho conjunto é que poderemos levar os autores e artistas a receberem pelos trabalhos que têm feito e que não são pagos”, explicou.
SCM deixa mensagem de felicitação e resiliência
Por sua vez, a presidente da Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM), Solange Cesarovna, deixou a sua mensagem de felicitação a todos os artistas e criadores no geral, por “tudo de extraordinário” que tem dado a Cabo Verde, ao longo da sua história.
Solange Cesarovna diz que reconhece a “resiliência e resistência” de todos que durante esta época da pandemia, não obstante as dificuldades do sector, que vem de longa data, continuam com o “firme compromisso” de o desenvolver.
“Continuamos a dizer que eles podem contar connosco para que este sector se desenvolva, por um nível de sonhos que todos da área criativa em Cabo Verde tenham, muito em especial os nossos músicos e autores que a SCM defende no dia-a-dia”, disse, garantindo que a entidade vai continuar a construir, a assinar protocolos e a elaborar projectos nacionais e internacionais em prol dos seus associados.
Solange Cesarovna diz estar confiante de que a pandemia irá passar e as actividades vão voltar e a SCM estará a fazer de tudo para apoiar no regresso, paulatino, das actividades.
Mas, também, reforçou, vão continuar a exigir uma remuneração justa pela utilização das obras e propriedade intelectual dos artistas e autores em Cabo Verde e no mundo.
A SCM compromete-se ainda a dar passos “firmes”, em parceria com a CISAC, da OMPI, e com todas as entidades congéneres estrangeiras, tanto no âmbito do licenciamento digital, como no âmbito de outras iniciativas que estão a ser criadas para que a defesa do direito dos autor e artista se consolide a nível mundial.
C/Inforpress