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Município São Vicente

Vereadores da UCID e PAICV deixam de reconhecer Augusto Neves no cargo de presidente

Os vereadores da Câmara Municipal de São Vicente, eleitos nas listas da UCID e do PAICV, denunciam falta de condições de trabalho, discriminação em relação aos colegas do MpD e salário injustificado.

 Em causa, segundo o porta-voz do grupo, o vereador Albertino Graça (PAICV), está o tratamento desigual com que o presidente Augusto Neves trata os vereadores, a falta de delegação de competências e de condições de exercerem as suas funções.

 Albertino Graça acusa Augusto Neves de “actuação desastrosa”, e violação “grosseira, intencional e deliberada” dos estatutos municipais e das leis da república.

“Não suportamos mais a humilhação do presidente Augusto Neves. Nós não somos contra o MpD, é preciso que isso fique bem claro, nós somos contra a gestão maldosa e danosa do Dr. Augusto Neves”, explica, apontando que os vereadores do PAICV e da UCID deixaram de reconhecer  Neves como presidente da Câmara Municipal de São Vicente.

“Retiramos-lhe a confiança política e quem de direito deve agir imediatamente, porque da nossa parte nós vamos agir. O presidente não pode brincar com a maioria legal dentro da CM”, explica, acrescentando que, para além de levar a questão aos eleitos municipais, o grupo vai constituir advogado e agir junto do tribunal.

Vencimento sem trabalho

Segundo Albertino Graça, este grupo de funcionários sente-se envergonhado, por estarem a receber, juntos, cerca de 500 mil escudos mensais, embora sem fazer “absolutamente nada”

“Nos, os cinco, temos um vencimento de aproximadamente 500 mil escudos, por mês, e desde outubro não fizemos rigorosamente nada. Temos a Câmara Municipal mais escolarizada do país, com quatro doutores, um mestre e quatro licenciados, mas mesmo assim Augusto Neves insiste em maltratar os vereadores”, reitera.

Os vereadores alegam que, por várias vezes, já tentaram diálogo com o presidente, mas sem sucesso.

“Temos estado a pedir ao senhor presidente para dar melhor atenção aos vereadores, nomeadamente criar condições de trabalho  e delegação de competência”, diz, acrescentando que não estão a pedir delegação de competência do presidente, mas sim  dos pelouros que lhes foram atribuídos. 

Entretanto, segundo diz, em três reuniões, ao pedir que a questão seja incluída na agenda, o presidente termina o encontro de forma unilateral, sem margem para discussão.

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