O Presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, indigitou, esta quinta-feira, Pedro Passos Coelho, para o cargo de primeiro-ministro.
“Lamento profundamente (…) que interesses conjunturais se tenham sobreposto à salvaguarda do interesse nacional”, disse o chefe do Estado, que caracterizou a situação como “singular”.
“Os contactos efetuados entre os partidos políticos que apoiam a União Europeia e da Zona euro não produziram resultados (…) esta situação é tão mais singular quando os programas destes partidos são quase convergentes”, recordou.
Cavaco Silva justificou a decisão com a «tradição» presidencial portuguesa de indigitar o líder do partido mais votado.
“Nos 40 anos da democracia, o cargo foi sempre atribuído à força política mais votada”, disse o Presidente, “quem ganha as eleições é convidado a formar governo”.
Admitindo que a opção agora tomada não permite a criação de um governo “estável e duradouro”, como após as eleições de quatro de outubro havia defendido, Cavaco Silva defende que “a alternativa era pior”.
“Este governo pode não assegurar a estabilidade de que o precisa, mas considero pior a alternativa sugerida», em referência ao pacto entre PS e os partidos à sua esquerda: PCP, BE e PEV, que excluiu como «partidos auti-europeístas”.
“A UE é uma opção estratégia e um fundamento de democracia e a observância dos compromissos assumidos com a Zona Euro é crucial”, disse o Presidente, “Fora da Zona Euro, o futuro de Portugal seria catastrófico”, concluiu.
Portugal: Pedro Passos Coelho indigitado primeiro-ministro
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