Os dados dos Inquéritos de Conjuntura aos agentes económicos divulgados hoje, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que a conjuntura económica do país é desfavorável, apesar do ritmo de crescimento económico continuar a acelerar.
De acordo com o INE, no terceiro trimestre de 2015, o indicador de confiança do sector turístico registou o valor mais alto dos últimos três trimestres consecutivos, dando sinais de retoma, mas a conjuntura no sector continua sendo desfavorável.
“Os empresários apontaram que o excesso de burocracia e regulamentações como sendo os principais obstáculos do sector”, revela o documento.
Em relação a construção civil, o indicador manteve a tendência descendente do último trimestre tendo evoluído negativamente face ao mesmo período do ano 2014, considerando que a conjuntura económica no sector continua sendo desfavorável.
O documento indica que as dificuldades na obtenção de crédito bancário e a falta de materiais foram os principais constrangimentos do sector.
A nível do comércio em feira, refere que o indicador de confiança contrariou a tendência descendente registada no último trimestre, registado o valor mais alto dos últimos seis (6) trimestres consecutivos.
A conjuntura no sector é favorável, tendo em conta que o indicador evoluiu positivamente face ao mesmo período do ano 2014, graças ao comportamento favorável da variável venda relativamente ao mesmo período do ano 2014.
Os dados apontam que o indicador de confiança da área da indústria transformadora situa-se acima da média da série, evoluindo positivamente face ao trimestre homólogo, fazendo com que a conjuntura no sector seja favorável.
O indicador de confiança evoluiu positivamente relativamente ao mesmo período do ano 2014, e a evolução positiva deveu-se ao comportamento favorável da variável perspectiva produção face ao trimestre homólogo.
Para os empresários, as limitações nas suas actividades mantiveram no mesmo nível face ao mesmo período do ano de 2014, onde as empresas industriais em Cabo Verde tiveram iguais obstáculos nas suas actividades face ao trimestre homólogo, com falta de matérias-primas, água e energia.
Relativamente ao transporte e serviços auxiliares aos transportes, refere que o indicador de confiança manteve a tendência descendente do último trimestre, evoluindo negativamente face ao trimestre homólogo, considerando a conjuntura no sector desfavorável.
Os dados apontam que os empresários indicaram o excesso de burocracia e regulamentações estatais e a pouca procura como sendo os principais constrangimentos do sector no decorrer do terceiro trimestre 2015.
No que se refere ao turismo residencial, no terceiro trimestre 2015, o indicador de confiança do evoluiu negativamente face ao trimestre homólogo, registando o valor mais baixo dos últimos vinte e um (21) trimestres consecutivos.
A conjuntura neste sector é desfavorável, e os empresários apontaram a insuficiência da procura e dificuldades financeiras como sendo os principais factores limitativos.
Fonte: Inforpress
