Os arguidos Ariel Benitez e Patrick Komarow vão mostrar ao Juiz, onde encontraram a droga.
Ariel Benitez e Patrick Komarow foram presos, no dia 5 de Novembro, pela Polícia Judiciária no momento que transportavam a droga no carro. Mas no primeiro dia do julgamento, dia 15 último, disseram que na verdade tinham encontrado os sacos na zona de Salamansa e que os transportavam para entregar às autoridades. Assim na tarde desta segunda-feira , por volta das 14 horas, vão mostrar ao Juiz onde foi o local exacto que encontraram a droga, nessa diligência que será feira fora do tribunal.
Nesse manhã também terminou a audição dos inspectores da PJ , como testemunhas, em que nenhum deles confirmou se viu o momento em que o iate fazia o descarregamento da droga, numa das praias de Salamansa. Somente disseram que avistaram iate e avisaram a outra equipa que então estaria encarregue de fazer a abordagem.
Ouviu-se ainda outras testemunhas como de uma funcionária do Bar “Simpático”, situado nas imediações do Hotel Don Paco que afirmou que na noite do acontecido Carlos Ortega, Juan Bustus e o irmão Félix Bustus estiveram no bar a beber umas cervejas e foram os últimos clientes a sai dali. Ultrapassaram até a hora do fecho do estabelecimento que normalmente é por volta de uma hora da madrugada. A empregada disse ter ultrapassado esse tempo, mais ou menos 20 minutos, esta também reconheceu os outros arguidos como frequentadores do bar, mas que não se apercebeu se esses se tinham reunido algumas vez no bar.
Foi ainda ouvidos duas funcionárias da empresa Blue Company que confirmaram que Ariel Benitez era sócio da Euro Building Construções, empresa que prestava serviços à Blue Company, empresa agora falida. Uma dessas funcionárias, que era contabilista da Blue Company relatou que esta tinha conta sediada no Banco Interatlântico, ainda que a sociedade da Euro Building Construções, empresa proprietária da obra Morabeza Deluxe, que até hoje está por terminar, fora formada pelos sócios da Blue Company para prestar serviços à empresa mãe. Também a testemunha reiterou que na ausência dos seus chefes, Ariel era quem tomava conta de tudo.
Como testemnunha, o armador José Augusto Duarte, afirmou ter feito reparos num barco de Juan Bustus há algum tempo e que fez em Outubro também reparações no barco de José Pratz Villalonga e que enquanto o último estivera nos estaleiros da Ex-Onave chegou a ver os outros arguidos ali com Villalonga.
Nessa manhã por último foi ouvido o taxista, Cláudio dos Santos, que disse que Félix, irmão de Juan Bustus era seu cliente habitual e que na noite de 5 Novembro, foi chamado por este por volta da uma hora da madrugada para fazer um frete. Cláudio Santos disse que perguntou quantas pessoas eram e que Félix respondeu que eram ele, o irmão e mais um Carlos, mas que por estar com um cliente demorou cerca de cinco minutos, e quando chegou não os encontrou.
A audiência desta segunda-feira, em que foi dispensada uma testemunha de nacionalidade espanhola por ter servido de intérprete na Audiência Contraditória Preliminar (ACP), é retornada por volta das 15 horas, depois da diligência na Salamansa.
De referir que o estupim da operação que levou Xand à prisão deu-se no dia 5 de Novembro, por volta das 23h15, quando a Polícia Judiciária deteve em flagrante delito na estrada do Lameirão José Prats Villalonga, Ariel Benitez, Patrick Komarow e Xand, no momento em que transportavam a cocaína para a cidade do Mindelo.
A PJ acompanhou o processo desde a praia de Salamansa, onde ocorreu o desembarque da droga que vinha num iate, tripulado por Carlos Ortega e Juan Bustus. Ambos foram também detidos durante a operação.
A droga apreendida foi queimada na passada sexta-feira no Mindelo, na presença de jornalistas e de várias autoridades.
Perla Negra: Ariel e Patrick vão mostrar onde encontraram a droga
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