Cabo Verde deverá conseguir crescer 3% este ano, acelerando face aos 1,8% do ano passado, à custa do investimento e do consumo privado, escreve hoje o Banco de Portugal nos Cadernos da Cooperação.
De acordo com o conjunto de documentos hoje disponibilizados sobre a evolução das economias dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, “em 2015 o investimento e o consumo privados deverão assumir-se como motores económicos de Cabo Verde, induzindo a aceleração do crescimento”.
O aumento das receitas fiscais não será, contudo, suficiente para compensar a subida prevista da despesa, pelo que o défice das contas públicas deve agravar-se de 7,3% para 8,6% este ano, estima o Banco de Portugal no capítulo dedicado a Cabo Verde.
No ano passado, “a débil recuperação económica na Europa e o efeito indireto do surto de Ébola no continente africano condicionaram os desenvolvimentos da economia, mas alguma dinâmica do investimento privado, incluindo direto externo e sobretudo relacionado com o setor turístico, terá permitido uma ligeira aceleração do crescimento económico, de 1% em 2013 para 1,8% em 2014”, acrescenta o BdP.
Com uma economia muito ligada à Europa, ao turismo e às remessas dos emigrantes, Cabo Verde poderá ver a situação prevista para este degradar-se por causa da “eventual continuada estagnação económica na UE, possíveis impactos nas receitas do turismo, no IDE e nas remessa de emigrantes”, que constituem os riscos mais significativos para o cenário que aponta para o crescimento de 3% do PIB para este ano.
Fonte: Lusa
Cabo Verde cresce 3% impulsionado pelo investimento e consumo privado – Banco de Portugal
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