A TAP (Transportes Aéreos Portugueses) vai iniciar uma nova e última vaga de adesão a rescisões por mútuo acordo, reformas e pré-reformas, depois de ter registado perto de 700 adesões ao Programa Voluntário de Medidas Laborais.
Numa Mensagem enviada aos trabalhadores – citada por jn.pt -, na noite desta sexta-feira, 9, os presidentes do Conselho de Administração e Comissão Executiva, Miguel Frasquilho e Ramiro Sequeira, respectivamente, fazem o balanço das medidas que têm vindo a ser adoptadas e dão conta dos “próximos passos” a seguir, no âmbito de reestruturação da Companhia Aérea de Portugal.
“Ainda que permaneçam alguns casos em análise, podemos partilhar que tivemos cerca de 690 adesões ao Programa Voluntário de Medidas Laborais”, afirmam os já citados responsáveis.
Contas da TAP apontam que a grande maioria destas adesões, 70 cento (%), são referentes a rescisões por mútuo acordo, 14% a trabalho em tempo parcial, 8% a passagens à situação de reforma, 6% a pré-reformas e as restantes a licenças sem retribuição.
“Hoje, este Programa representa um redimensionamento de cerca de 630 postos de trabalho, considerando os trabalhadores em tempo parcial. O Programa de candidaturas voluntárias à Portugália tem, neste momento, cerca de 45 candidaturas em análise. Adicionalmente, a implementação das medidas decorrentes dos Acordos de Emergência celebrados, permitirá preservar até 750 postos de trabalho”, acrescentam.
Já como próximos passos, a TAP diz que vai concluir a análise dos processos voluntários em curso e identificar, “com base nos critérios já comunicados, designadamente, de produtividade/absentismo, experiência, contributo, custo e habilitações, os trabalhadores junto dos quais se irá dar início a uma nova e última vaga de adesão a rescisões por mútuo acordo, reformas e pré-reformas, com manutenção das mesmas condições já anteriormente oferecidas a todos os trabalhadores”.
A Companhia pretende, ainda, reabrir uma nova e última fase de candidaturas de integração na Portugália, referem os responsáveis.
Um Plano de Reestruturação da TAP foi entregue à Comissão Europeia, no último dia do prazo, em 10 de Dezembro de 2020, e prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de Cabine, 450 trabalhadores da Manutenção e Engenharia e 250 das restantes áreas.
O Plano prevê, também, a redução de 25% da massa salarial do Grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a Frota da Companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.
No total, até 2024, a TAP deverá receber entre 3.414 milhões de euros e 3.725 milhões de euros.