O candidato a primeiro-ministro e cabeça-de-lista do Partido Popular (PP) para Santiago Sul nas legislativas de 2021, Amândio Barbosa Vicente, prometeu implementar novas políticas e gestão diferentes para combater as desigualdades sociais no país.
No primeiro dia de campanha, o Partido Popular escolheu o bairro de São Filipe, Praia, para apresentar o programa eleitoral que prevê reformas estruturantes nas áreas cruciais de desenvolvimento do país, mas que terá como foco o bem-estar das famílias cabo-verdianas.
“Existe muita desigualdade. Cabo Verde está a incrementar desigualdade entre os cidadãos, a política implementada no país criou dois mundos, ou seja, o do cidadão de primeira que tem todas as regalias a seu favor, enquanto o cidadão de segunda, que é a grande maioria da população, não tem garantia de saúde, muito menos de segurança”, apontou.
Habitação
A nível da habitação, considerou que existe uma discrepância visível, onde alguns dispõem de terrenos para construir e para venda, e por outro lado a grande maioria dos cabo-verdianos continua a construir em ribeiras e ladeiras, sem condições e estruturas apropriadas.
Segundo Amândio Vicente esta desigualdade é notável a todos os níveis, sendo que “podes ser uma pessoa competente, mas se não és da mesma cor partidária do Movimento para a Democracia ou do Partido Africano da Independência de Cabo Verde ficas à parte”.
“Temos exemplos na administração pública onde as pessoas são perseguidas porque pensam de forma diferente dos maiores partidos”, referiu o candidato que assegurou que o PP vai combater essas práticas a todos os níveis.
Amândio Vicente defende ainda que o mais importante não é o resultado eleitoral, mas sim continuar a lutar para o bem-estar social dos cabo-verdianos e para a defesa do interesse público.
O PP promete, por isso, trabalhar por uma gestão diferente e implementar medidas e políticas estruturantes a nível do sector social, económico, transportes, infra-estruturas, tecnológico, empresarial, saúde, turismo e agricultura.
O candidato propôs ainda a reforma do sistema eleitoral cabo-verdiano e transformá-lo num sistema semelhante ao alemão, o que permitirá o surgimento de nova leva de dirigentes.
A classe política cabo-verdiana, segundo diz, não cresceu em maturidade e a causa disso tem sido o facto de todos os Governos terem tido sempre o poder absoluto nas mãos, podendo decidir na base do “quero, posso e mando”.
Após iniciar a campanha em Achada São Filipe, esta sexta-feira o partido dá seguimento às actividades com a realização de um encontro com simpatizantes no município de São Lourenço dos Órgãos, Santiago Norte.
C/Inforpess
