O primeiro-ministro garantiu hoje que mantém “total confiança” no ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, Antero Veiga, em relação à acusação de alegada má gestão do Fundo do Ambiente.
José Maria Neves manifestou esta confiança, em declarações à imprensa, após proferir hoje, na Cidade da Praia, uma aula magna no Instituto Universitário de Educação (IUE) sobre “Que professor para o desenvolvimento sustentável de Cabo Verde”, para marcar a abertura do ano lectivo na referida instituição e assinalar o Dia Mundial dos Professores.
“Relativamente ao Fundo do Ambiente, foi publicada uma lista, o ministro desmentiu, deu os esclarecimentos públicos, e em sede do Conselho dos Ministros, por isso mantenho a total confiança nele, porque as contas vão ser apresentadas no Tribunal de Contas, assim como todos os dados vão ser apresentados publicamente para a opinião pública”, afirmou.
O primeiro-ministro recomendou “muita serenidade” e pediu a todos os intervenientes que tenham a “necessária contenção” e fazer pedagogicamente esclarecimentos sobre estas e outras matérias que forem pertinentes para esclarecimentos de opinião pública.
“Estamos no momento pré-eleitoral em que há muita agitação, por isso queria pedir aos partidos políticos, às câmaras municipais e aos órgãos de soberania muita tranquilidade para gerirmos este período pré-eleitoral, porque aqui as campanhas começam muito cedo, como já se vê”, exortou.
Conforme o chefe do Executivo, as recomendações é que todos os fundos apresentem contas para que a opinião pública tenha conhecimento de como estão sendo utilizados, porque são recursos de todos os cabo-verdianos e que quem está a governar deve garantir a gestão “transparente e rigorosa” dos mesmos, o que, segundo ele, tem sido a prática do seu Governo.
No mês de Agosto, o presidente da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde (ANMCV) e da Câmara Municipal de Ribeira Grande de Santiago, Manuel de Pina, apresentou uma queixa-crime contra o ministro Antero Veiga, por alegada “gestão danosa, com indícios de corrupção e falta de transparência”.
Na sequência, o Procurador-Geral da República, Óscar Tavares, disse publicamente que a investigação que veio na sequência das denúncias públicas sobre a alegada má gestão das verbas do Fundo do Ambiente, está em curso, e Antero Veiga declarou que se trata de uma “encenação ridícula”, garantindo que tem cumprido a lei sobre o Fundo do Ambiente e que não tenciona pedir demissão.
Fonte: Inforpress
Fundo do Ambiente: Primeiro-ministro mantém “total confiança” no ministro
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