A primeira unidade hoteleira com capacidade para 14 quartos, construída sobre as lavas da erupção vulcânica de 23 de Novembro de 2014, vai entrar em funcionamento a partir de 01 de Outubro.
Um dos promotores do investimento, Mustafá Eren, avançou que a nova unidade vai ser baptizada com o nome de “Casa Mariza 2.0” mantendo assim o nome do empreendimento destruído pelas lavas e que era muito conhecido pelos turistas, fidelizando assim o nome com os seus clientes.
As obras estão praticamente concluídas e neste momento está-se na fase de pintura, colocação de mosaico e instalação dos painéis solares e vão estar concluídas antes do final do mês, afirma Mustafá Eren, indicando que já dispõe de algumas reservas de quarto para o dia 01 de Outubro.
Segundo o mesmo, das informações recolhidas junto das agências de viagens, 20 por cento dos turistas que viajam para Cabo Verde deslocam-se a Chã das Caldeiras e os demais 80 por cento são por causa das praias.
“Se não houver acesso livre e dormida em Chã das Caldeiras pode-se perder essa possibilidade”, disse este operador turístico que espera bom senso das autoridades nesta matéria.
Com a entrada em funcionamento do novo empreendimento com 14 quartos, um restaurante, esplanada e cozinha aberta, eleva-se para 34 o número de quartos disponíveis em Chã das Caldeiras já que outras pessoas reabilitaram parte das suas residências que não foram “engolidas” na totalidade pelas lavas e transformando-as em pequenas unidades familiares, algumas com 10 quartos.
Além dos quartos em funcionamento, outras famílias estão a construir ou a reabilitar parte das casas e a sua transformação em residencial e os operadores turísticos perspectivam que até final do ano o número de camas disponíveis possa atingir os 50.
Depois de uma grande movimentação de turistas no mês de Agosto, em Setembro registou alguma quebra, mas os operadores esperam que a partir de Outubro o número de visitantes possa aumentar de forma expressiva.
Os operadores e associação dos guias turísticos afirmam que a demanda podia ser ainda maior se o Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB) tivesse levantado a proibição de escalada ao pico principal (vulcão) que vigora desde final de Maio na sequência de fissura registada numa das rochas que ameaçava desmoronar.
Quer os operadores como membros dos guias afirmam que eles têm cumprido a decisão do SNPCB mas que os próprios turistas e alguns guias que não são de Chã das Caldeiras continuam a escalar o pico principal.
Opinião de técnicos ligados a área de vulcanologia indicam que não existem riscos para escalada ao pico principal pelo lado leste e o SNPCB vai decidir dentro de dias pelo levantamento da proibição em relação ao pico principal, mantendo em relação aos picos que surgiram com as erupções de 1995 e 2014.
Fonte: Inforpress
Erupção Vulcânica: Primeira unidade turística construída sobre lavas abre as portas a 01 de Outubro
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