O secretário Geral das Nações Unidas garante que a pandemia da Covid-19 está a ser usada para suprimir liberdades e abolir a “maioria” das liberdades fundamentais dos cidadãos, em vários países. Guterres apela também à igualdade na distribuição das vacinas contra a Covid-19.
António Guterres aproveitou a abertura da 46a sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU para lamentar aquilo que considera de abolição de direitos fundamentais durante a pandemia da Covid-19.
Segundo este líder, vários países têm usado a pandemia da Covid-19 para suprimir liberdades e direitos fundamentais.
“Utilizando a pandemia como pretexto, às autoridades de alguns países tomaram duras medidas de segurança e adotaram medidas de emergência para suprimir vozes dissonantes, abolir a maioria das liberdades fundamentais, silenciar a comunicação social independente e dificultar o trabalho de organizações não governamentais”, lamenta Guterres.
São restrições que, segundo António Guterres, servem de pretexto para minar os processos eleitorais, enfraquecer as vozes dos opositores e suprimir as críticas.
Nesta linha de supressão de liberdades, o chefe das Nações Unidas diz que os jornalistas, advogados, ativistas e até profissionais da saúde têm sido sujeitos a detenções, processos judiciais e intimidações.
A intervenção de Guterres denuncia aquilo que chama de nacionalismo das vacinas, apelando à igualdade no acesso a vacinas contra a Covis-19.
“Igualdade de acesso às vacinas é uma questão de direitos humanos, o nacionalismo das vacinas vai contra tudo isso. As doses devem ser bem de acesso público, acessível a todos”, defende Guterres.
Este líder aproveitou para pedir que se intensifique a luta contra o “resurgimento do neonazismo, da supremacia branca e do terrorismo racial.
c\Inforpress