A bancada parlamentar do PAICV vai solicitar ao governo a partilha do plano de vacinação da covid-19 na sessão que começa esta quarta-feira (10). O líder parlamentar, Rui Semedo, considera que há dúvidas relativamente à vacinação que precisam ser esclarecidas. Por seu turno a vice-presidente da bancada do MPD, Celeste Fonseca, acha que o mais importante do plano já é do conhecimento público.
Para o líder parlamentar do PAICV, as informações avulsas que têm circulado sobre a vacinação no país contra a covid-19 deixam muitas dúvidas. Rui Semedo considera necessário que o governo partilhe o plano de vacinação com os cabo-verdianos.
“O governo deve partilhar com a nação, com os cabo-verdianos qual é o plano concreto para vacinação dos cabo-verdianos, onde é que vamos adquirir a vacina, que tipo de vacina vamos adquirir. Já está encomendada a aquisição da vacina? Vamos adquirir a vacina isoladamente enquanto país ou vamos adquirir juntamente com outras organizações e com outros países, qual é o período exato da chegada da primeira remessa para vacinação, quais as prioridades que estão estabelecidas para a vacinação dos cabo-verdianos”, questiona Rui Semedo.
O grupo parlamentar que sustenta o governo confessa que também nao teve acesso ainda ao plano, mas avisa a vice-presidente da bancada do MPD, Celeste Fonseca, que toda a gente já conhece as prioridades do plano de vacinação contra a covid-19.
“Eu própria também, que sou do MPD, não tenho em mãos esse plano de vacinação, mas sei que há um plano de vacinação eu creio que o mais importante do plano tem sido veiculado, que é o facto de estarmos abrangidos pelo programa COVAX, estarmos em permanente diálogo com a OMS e outros organismos internacionais ligados a saúde, que as vacinas vão chegar, que vão ser gratuitas e para todos os que quiserem e que há prioridades. Portanto aquilo que é mais importante a nível deste projecto, creio que é do conhecimento das pessoas”, diz.
Um outro tema que vai marcar a sessão é o debate sobre a segurança agendado a pedido do grupo parlamentar do PAICV.
Já o debate sobre a segurança, diz a bancada do PAICV, que o agendou, será um oportunidade para o governo esclarecer sobre o plano de segurança interna e em que medida está a contribuir para a melhoria da situação da segurança no país, até porque, diz Rui Semedo, há casos de ataques ou mesmo homicídios e desaparecimentos por esclarecer.
“Continuam as preocupações com o nosso sistema de segurança nacional, continuam as preocupações com as respostas as casos que aconteceram no passado e que ainda não foram esclarecidos, designadamente o desaparecimento, as mortes violentas e mesmo os ataques e homicídios em relação a agentes da Policia Nacional e já estamos com casos repetidos que também não estão suficientemente esclarecidos”.
Para o grupo parlamentar do MPD, o debate sobre a segurança é uma tentativa do PAICV não deixar o povo esquecer os casos de insegurança e para dar a ideia de haver um caos no país. Para Celeste Fonseca são evidentes os ganhos na área da segurança.
“Há aqui uma postura pouco construtiva à volta dessas matérias, portanto há ganhos, imensos ganhos. Recentemente assistimos à instalação de um sistema de videovigilância que veio introduzir muita segurança nas nossas ruas, localidades. Crimes tem sido desvendados já graças as câmaras de vigilância. Há ganhos em matéria de logística para a policia, aquisição de viaturas, de fardamentos etc. Os policias ganharam em termos de promoção, salariais”, acrescenta.
Da ordem do dia da sessão parlamentar, que começa esta quarta-feira, constam ainda a apreciação da conta geral do estado de 2017 e apreciação de uma petição pública para equiparação dos ex-militares da primeira incorporação de 1975 aos combatentes da liberdade da pátria.
C/ RCV