A realização de uma manifestação protesto na quinta-feira, 17, e a elaboração de um caderno reivindicativo que será enviado a administração da empresa, são as formas encontradas pelos trabalhadores da RTC para reivindicarem os seus problemas laborais.
Segundo informações avançadas à Inforpress por alguns trabalhadores da Rádio Televisão Cabo-verdiana (RTC), essas decisões saíram de uma Assembleia-Geral na sexta-feira, 11, convocada pela recém-criada Comissão de Trabalhadores da RTC, conjuntamente com o Sindicato dos Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (SITTHUR) e a Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC).
Segundo a mesma fonte, o caderno reivindicativo a ser elaborado, será enviado a presidência do conselho de administração da empresa, acompanhado de um “ultimato” para resolver as questões pendentes ou, que assuma o compromisso de o fazer num período de tempo que será acordado entre as partes.
As questões das promoções e progressões que se encontram atrasadas face ao que determina o Plano de Cargos, Carreiras e Salário (PCCS) da empresa, e as alegadas disfunções da previsível reestruturação da RTC, com a anunciada integração da agência Inforpress (Agência Cabo-verdiana de Notícias) são os principais motivos da manifestação.
Há pouco mais de um mês, o Governo garantiu que a nova empresa deverá estar a funcionar até o final deste ano, através da aprovação, que aconteceu em Agosto último, do projecto de decreto-lei que estabelece os termos da fusão, por incorporação, da Inforpress na RTC, e altera a denominação desta, que passa a ser denominada por RTCI – Radiotelevisão Cabo-verdiana & Inforpress.
O executivo assegurou, ainda, que o diploma protege os direitos adquiridos dos trabalhadores da RTC e da Inforpress, vincando o princípio da harmonização dos direitos e regalias, sendo que desta forma, os trabalhadores da Agência Cabo-verdiana de Notícias, que até agora têm, por exemplo, um nível salarial inferior aos da RTC, passarão, com a fusão, a ter, por categorias, o mesmo salário que os colegas da Rádio e Televisão.
O projecto de decreto-lei, conforme o Governo, adopta, também, o princípio de não despedimento, sem prejuízo da adopção de medidas que visem a saída acordada de trabalhadores, nomeadamente por via de rescisões amigáveis, da pré-reforma ou da reforma antecipada.
Fonte: Inforpress
Trabalhadores da RTC manifestam-se esta semana para chamar a atenção para atrasos na resolução dos problemas laborais
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