O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, inicia esta manhã uma visita oficial de 72h à Guiné-Bissau. A primeira de um chefe de Estado cabo-verdiano depois de um longo período. A visita está a ser contestada por activistas sociais que se posicionam contra a governação de Umaro Sissoco Embaló.
São países vizinhos, muito próximos e com muitas afinidades, justifica o chefe de Estado, explicando que esta visita vai permitir retomar os caminhos de uma aproximação que é justificada por um lastro histórico e cultural.
Para Jorge Carlos Fonseca, estas afinidades, que incluem a luta comum pela libertação dos dois povos, não dependem de circunstâncias políticas, como por exemplo, os partidos no poder em Cabo Verde ou na Guiné-Bissau.
“É uma visita que, do ponto de vista político, é a retoma de um ponto de partida para um relacionamento entre os dois estados, que seja exemplar, mas exemplar de forma permanente.
A visita oficial termina no dia 20 de Janeiro, o dia em que se celebram os heróis nacionais tanto em Cabo Verde como na Guiné-Bissau e dia que se celebra também Amílcar Cabral.
“Quando estive a dialogar com o presidente Sissoco sobre a data das visitas, sugeri que a data de 20 de Janeiro fosse um dos dias da visita, pela simbologia que a mesma representa”, explica Fonseca, que diz ainda que já tinha sido convidado algumas vezes para visitar o país.
A visita serve ainda de pretexto para a nomeação de um embaixador residente em Bissau. Trata-se do ministro extraordinário Camilo Leitão da Graça.
A deslocação de Jorge Carlos Fonseca à Guiné-Bissau está a ser contestada por um grupo de activistas sociais daquele país vizinho, que se posicionam contra a governação de Umaro Sissoco Embaló. Uma manifestação está marcada para a tarde desta segunda-feira, em frente à embaixada de Cabo Verde, em Lisboa.
C/ RCV