O Governo decretou, esta manhã, o estado de calamidade para a ilha de São Vicente, em resposta ao agravamento da situação sanitária. As restantes ilhas ficam em estado de contingência, incluindo o Fogo.
O anúncio foi feito pelo ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, numa conferência de imprensa na manhã desta sexta-feira, 15, na Cidade da Praia.
Na prática, a declaração de estado de calamidade traduz-se na adopção de medidas restritivas de actividades que promovam aglomeração de pessoas, segundo especificou o ministro.
A nível nacional, Paulo Rocha sublinha que a situação epidemiológica registada no país tem justificado a adopção e a manutenção de medidas que se revelam necessárias e proporcionais às exigências do quadro sanitário que se vive.
Isto tendo em vista a mitigação do risco potencial de propagação do vírus e a manutenção da capacidade de resposta do sistema de saúde nacional, na medida em que tem-se também registado um levantamento gradual das restrições impostas, em função da situação.
No caso da ilha do Fogo, a “evolução positiva” e a “manutenção dos principais indicadores na globalidade do país” permite que a ilha saia do estado de calamidade para ficar em contingência.
De recordar que há já alguns dias que o delegado de Saúde de São Vicente vem apelando ao estado de calamidade na ilha, tendo em conta o crescente número de casos diários, em todas as localidades.
Até esta quinta-feira, a ilha acumulava 216 casos activos.
