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Cabo Verde e Brasil disponíveis para ajudar Guiné-Bissau a ultrapassar crise política

Cabo Verde e Brasil estão empenhados em mobilizar esforços para ajudar a Guiné-Bissau a ultrapassar a actual crise política, avançou hoje Jorge Tolentino, acrescentando que uma missão da CPLP irá deslocar-se ao país “o mais rápido possível”.
O ministro das Relações Exteriores de Cabo Verde fez essa afirmação na manhã de hoje, na Cidade da Praia, após um encontro de trabalho com o seu homologo brasileiro, Mauro Iecker Vieira, que se encontra no arquipélago para uma visita de 24 horas.
Jorge Tolentino adiantou que a reunião, que tinha como foco central a análise de cooperação bilateral entre os dois países, serviu também para analisar e debater a actual situação política vivida na Guiné Bissau, indicando que há uma necessidade de “um forte apoio”, de modo que a normalidade institucional volte a Guiné Bissau.
O governante afirmou que uma missão da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, (CPLP), liderada pelo presidente do Conselho de Ministros, que é o ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor Leste, irá deslocar-se “o mais rápido possível” a Bissau para exprimir no terreno os entendimentos da comunidade relativamente a esse período de instabilidade institucional.
Por seu turno, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Iecker Vieira, garantiu que o seu país vai unir esforços para que a normalidade política volte a Guiné-Bissau, uma vez que os dois países têm relações “históricas, estreitas e tradicionais”.
“Estamos empenhados em contribuir para a criação de condições que leve a estabilidade do governo guineense, ao diálogo, entendimento, ao crescimento da economia e a promoção do bem-estar da população”, assegurou, garantindo que o seu país vai continuar a manter todos os seus programas de cooperação não só com a Guiné Bissau, mas também com todos os países membros da CPLP.
O primeiro-ministro da Guiné Bissau, Domingos Simões Pereira, foi demitido a 13 de Agosto pelo Presidente da República num decreto em que este justifica-se com “quebra mútua de confiança, dificuldades de relacionamento com o chefe do Governo e sinais de obstrução à Justiça”.
Apesar de todas as forças políticas e várias entidades, dentro e fora da Guiné-Bissau, terem feito apelos públicos dirigidos ao Presidente da Republica, no sentido do diálogo e estabilidade, José Mário Vaz decidiu derrubar o Governo e nomear um novo primeiro-ministro, Baciro Djá, ex-ministro da Defesa e terceiro vice-presidente do PAIGC.
O responsável já tomou posse, mas o PAIGC não aceita esta nomeação.
Fonte: Inforpress

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