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Política

Caso Saab: Tribunal decide pela extradição

De acordo com informações avançadas hoje pela defesa de Alex Saab, o Tribunal da Relação do Barlavento decidiu a favor da extradição do empresário, solicitada pelos Estados Unidos da América. Saab encontra-se detido em Cabo Verde desde 12 de Junho de 2020.

Em comunicado, a assessoria da defesa internacional de Alex Saab, liderada por Baltasar Garzón, antigo juiz espanhol, divulgou que o Tribunal da Relação do Barlavento decidiu na segunda-feira “a favor da extradição” de Saab e anuncia que vai recorrer à decisão.

 “A defesa vai recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça e impugnará da maneira mais enérgica possível a injusta decisão de hoje”, consta no comunicado, como avançado pela Inforpress.

A defesa do empresário considera que a decisão do tribunal representa um “desafio direto à ordem” do Tribunal regional da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de Dezembro, ao “suspender o procedimento de extradição” de Saab até à audiência principal naquela instância regional, mesmo após a participação apresentada pela equipa de defesa, que entre outros argumentos se queixa da violação dos direitos humanos na detenção do empresário em Cabo Verde.

Lê-se ainda no comunicado que “a decisão do tribunal da Relação não é surpreendente e apenas dá continuidade a um deplorável conjunto de decisões em que os tribunais cabo-verdianos se recusaram a tratar sistematicamente os argumentos apresentados pela defesa do Enviado Especial, em violação da lei e da Constituição”.

Alex Saab foi detido no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, no dia 12 de Junho pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas, durante uma escala técnica e com base num mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos da América.

Os EUA acusam Alex Saab, considerado pelo país norte-americano “testa-de-ferro” do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de ter branqueado 350 milhões de dólares (295 milhões de euros) para pagar actos de corrupção daquele presidente, através do sistema financeiro norte-americano.  A defesa do empresário colombiano, por sua vez, afirma que este viajava com passaporte diplomático, e que por isso a detenção foi ilegal.

C/ Inforpress

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