O Conselho de Segurança da ONU reúne-se hoje à porta fechada para debater a crise política na Guiné-Bissau.
As consultas no Conselho de Segurança realizam-se depois do Representante Especial para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, apresentar o seu relatório sobre a situação no país.
A comunicação de Trovoada acrescenta novos dados sobre o último relatório semestral sobre o país, que foi divulgado a 13 de agosto, antes da demissão do Governo pelo Presidente da República.
Nesse relatório elaborado pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), são expressas as preocupações suscitadas pelas “divisões políticas e sociais enraizadas nos partidos políticos e nas instituições do Estado”.
“Tais divisões continuam a comprometer a estabilidade duradoura e o desenvolvimento da Guiné-Bissau”, lê-se no relatório.
Contra todas as posições dentro e fora do país, o Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário vaz, demitiu o Governo a 12 de agosto e designou como primeiro-ministro, no dia 20, Baciro Djá, vice-presidente do PAIGC.
O PAIGC, que venceu as eleições e tem maioria no Parlamento, acusou Vaz de cometer “um golpe palaciano” e sustenta que não havia razão para demitir o Executivo.
O Parlamento da Guiné-Bissau pediu na segunda-feira que o Supremo Tribunal de Justiça se pronuncie sobre as decisões do Presidente ao mesmo tempo que foi criada uma comissão de inquérito para averiguar da veracidade da alegada corrupção e outras ilegalidades invocadas por Vaz para destituir o Governo.
Fonte: Lusa
Conselho de Segurança da ONU discute hoje à porta fechada situação na Guiné-Bissau
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