António Monteiro, líder da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), afirma que o partido não vai aceitar os pelouros da Câmara Municipal de São Vicente, propostos pelo presidente Augusto Neves.
A primeira reunião de vereadores de São Vicente após as autárquicas, na passada quinta-feira, 10, foi suspensa devido a um desentendimento entre Augusto Neves e António Monteiro. Em causa esteve a distribuição de pelouros e análise dos instrumentos de gestão da autarquia.
Hoje, em conversa com os jornalistas em frente à Câmara Municipal, o líder UCID revelou que os pelouros propostos pelo edil Augusto Neves foram recusados no mesmo dia em que foram distribuídos.
“Nós dissemos que não ao presidente da Câmara até porque não discutimos a questão dos pelouros, houve uma imposição! E se continuar como está, continuaremos a não aceitar até que haja, realmente, uma concertação.
Pessoalmente disse ao presidente que não estarei [na Câmara] para aceitar os pelouros que ele me atribuiu. Se ele [Augusto Neves] mudar, vamos analisar, se os mantiver, eu não estarei, mas o vereador da UCID que substituir-me dará todo o contributo para São Vicente”, justificou Monteiro à RCV.
É de se salientar que na reunião camarária da semana passada foi atribuída a António Monteiro a vereação a tempo inteiro com competências para as áreas de Transporte e Equipamentos, Gestão e Manutenção da Frota e Oficinas, Energias, Iluminação Pública, Inovação e Tecnologia e ainda Segurança Rodoviária.
Já à Ailton Andrade (UCID) foi-lhe proposto “vereador sem exercício” de funções, mas com competências delegadas nas áreas da Saúde, Bem-estar, Higiene Urbana, Relação com o Munícipe e Defesa do Consumidor, Associativismo, Cidadania e Participação.
Por seu turno, Neusa Sança (UCID) recebeu a proposta para trabalhar a meio tempo nas áreas de Actividades do Mar, Mercados Municipais, Feiras e Actividades, Associação Social e Desenvolvimento Local.
UCID barrada à porta da Câmara
Os três vereadores da UCID pretendiam fazer na manhã, na manhã desta terça-feira, uma visita de trabalho à autarquia para conhecer as obras municipais em execução, porém não lhes foi permitida a entrada na Câmara Municipal.
Isto porque o pedido de visita foi formulado esta segunda-feira, 14, portanto, em cima da hora, como alegou a autarquia.
Segundo Monteiro, foram informados pela directora do gabinete do presidente que a visita não seria possível porque não houve despacho do presidente, Augusto Neves, alegadamente pela chegada tardia do pedido de autorização.
C/RCV
