O Ministro da Família e Inclusão Social, Elísio Freire, admite que há “algum atraso” nas evacuações para tratamento no exterior facto que, conforme justificou, deve-se às restrições impostas pela covid-19.
“O que acontece é que com esta situação de pandemia e as restrições que os países colocam, os seus serviços prioritários não os mesmos que os nossos”, justificou Elísio Freire, acrescentando que ainda há muitas pessoas aguardando evacuação para tratamento do exterior.
Aquele governante garantiu, no entanto, que no Centro Nacional de Prestação Social e no Ministério da Saúde “tudo é feito seguindo os tramites o mais rápido possível”.
Entre algumas melhorias registadas apontou o aumento dos subsídios, as melhores condições de alojamento, a forma como os doentes têm sido tratados e a celeridade com que os processos são conduzidos.
“Em 2016, por exemplo, essas pessoas tinham direito a apenas 7 dias de subsídio, agora recebem um mês. Seguidamente as condições de alojamento melhoraram bastante, fruto do trabalho, tanto do Centro Nacional de Proteção Social, como da embaixada de Cabo Verde em Portugal” sublinha Freire, acrescentando que as melhorias registadas devem-se ao esforço financeiro feito desde 2016 e que traduziu-se num aumento de 70% (cerca de mais de 30 mil contos) no orçamento destinado à transferência de doentes.
Fernando Elísio Freire também referiu que o aumento do orçamento destinado à transferência de doentes visa apoiar aqueles que estão fora do regime de contribuição social, ou seja, que não fazem parte do sistema gerido pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Refira-se que, em 2019, foram evacuados mais de 200 doentes para Portugal. Este ano, foram transferidos 107 doentes e 40 acompanhantes. Até à data encontram-se neste país lusófono 509 doentes e 161 acompanhantes.
C/RCV