O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, considera que a sua vitória nas eleições de 3 de novembro é clara e rejeitou as tentativas do presidente Donald Trump de reverter os resultados dessa disputa.
Depois da sua vitória nas urnas ser confirmada pelo Colégio Eleitoral, cujos 538 membros votaram ontem, segunda-feira, Biden afirmou em discurso que respeitar a vontade do povo é parte essencial da democracia americana.
Biden, que obteve 306 votos eleitorais contra 232 de Donald Trump, quando são necessários 270 para se tornar o chefe da Casa Branca, pediu ao seu rival republicano que reconheça o fracasso nas urnas, considerando que aceitar o veredito popular, inclusive os resultados difíceis, constitui uma obrigação de quem jurou respeitar a Constituição.
O presidente eleito disse ainda que até o Supremo Tribunal de Justiça refutou as tentativas de Trump de mudar a vontade popular, que, ele considerou, como ataques antidemocráticos sem precedentes.
“A integridade das nossas eleições permanece intacta e é hora de virar a página, de nos unir, de curar”, enfatizou Biden, em contraste com as constantes alegações de Trump sobre fraude eleitoral.
O sufrágio no Colégio Eleitoral costuma ser visto como um momento principalmente simbólico após as eleições nos Estados Unidos, uma vez que os membros quase sempre apoiam o candidato que venceu em seus respectivos estados.
No entanto, este ano a votação adquiriu uma nova relevância à medida que Trump e seus aliados promoveram inúmeras demandas legais a fim de reverter o resultado das eleições.
Recusando-se a admitir o sucesso de Biden, Trump insiste em alegações infundadas de fraude, mesmo quando membros da sua própria administração e funcionários estaduais afirmam que as eleições foram seguras.
Trump não reagiu imediatamente à notícia do Colégio Eleitoral, mas, anunciou logo de seguida no Twitter que o procurador-geral William Barr, com quem teve fortes desentendimentos na questão eleitoral, deixaria seu gabinete no próximos dias.
Recorde-se que os resultados do Colégio Eleitoral de ontem, segunda-feira, 14, também confirmam a eleição da companheira de chapa de Biden, a senadora Kamala Harris, que será a primeira mulher e a primeira negra a ocupar o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos quando ambos tomarem posse a 20 de Janeiro próximo.
Com agência Lusa