O Primeiro-Ministro luso, António Costa, deixa, ainda, em aberto, o prolongamento das apertadas restrições, inclusive para o Período de Natal, cujo ponto alto é a 25 de Dezembro.
Portugal superou, sábado – segundo o portal pt.euronews.com -, as 250 mil infecções, ao somar mais seis mil 472 ao quadro da Pandemia Global de COVID-19 no País, tendo, agora, um total de 255 mil 970 casos confirmados, desde a entrada do SARS-Cov-2 no Território Nacional.
Houve ainda mais 62 mortes a lamentar, um agravamento de mais 31 casos activos e a boa notícia de seis mil 379 pessoas recuperadas da infecção pelo novo Coronavírus.
O dia ficou, contudo, marcado pelo anúncio das medidas para o novo período de Estado de Emergência, que começa às zero horas de terça-feira, 24, e se prolonga até 8 de Dezembro, inclusive, definindo para os níveis mais altos de risco os dois feriados incluídos como dias de fim de semana, isto é, com o recolher obrigatório e o encerramento de estabelecimentos comerciais ente as 13 horas e as cinco horas da manhã do dia seguinte.
Portugal foi, agora, dividido em quatro níveis de alerta, medidos pelo número de casos activos por cem mil habitantes, nos últimos 14 dias.
Neste próximo período de Estado de Emergência, os dois níveis mais altos (“muito elevado”, com mais de 480/ cem mil, e “extremamente elevado”, com mais de 960/cem mil) vão ter regras semelhantes.
No terceiro nível, menos grave (“elevado”, com menos de 479/cem mil), mantém-se apenas o recolher obrigatório entre as 23 horas e as cinco horas, em todos os dias, o encerramento de estabelecimentos comerciais às 22 horas e de restaurantes e equipamentos culturais às 22H30.
Abaixo dos 240 casos/cem mil habitantes, considera de risco “moderado” e onde se inserem 65 concelhos, o Governo impõe apenas as medidas básicas do Estado de Emergência, designadamente: uso obrigatório de máscara na rua e também nos locais de trabalho colectivos ou sem separação física; controlo de temperatura e possibilidade de testagem a estudantes, profissionais do Ensino e da Saúde, e em lares de idosos; e tolerância de pontos aos funcionários públicos, suspensão do Ensino e apelo à dispensa de trabalhadores no privado nos dias 30 de Novembro e 7 de Dezembro, que, normalmente, seriam de ponte para os feriados.
António Costa anunciou, também, a praticamente certa renovação do Estado de Emergência, que se deverá manter em Portugal durante o Período de Natal e Passagem de Ano, sendo, no entanto, necessário, esperar mais algum tempo, até ser possível definir com maior precisão e eficiência as medidas a adoptar nessa altura.
Tudo vai depender do comportamento da Sociedade e de como se vai conseguir travar os contágios em Território Nacional, avisaram, repetidamente, nestes últimos dias, António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, respectivamente, os chefes de Governo e de Estado.
“Temos de persistir, com a determinação com que o temos feito, para continuar não só a travar o ritmo de crescimento, mas para inverter a situação (Epidemiológica no País)”, conclama António Costa.
Na Espanha, o segundo País mais afectado pela Pandemia na União Europeia, com mais de 1,5 milhões de casos e 42 mil mortes, a situação melhorou, ligeiramente, mas continua grave, alertou o ministro da Saúde.
Salvador Illa revelou, ainda, que a vacinação espanhola contra a COVID-19 deverá começar em Janeiro de 2021, e não será obrigatória.
Na Catalunha, o Governo Regional decidiu que as salas de concertos vão poder reabrir, a partir de segunda-feira, 23, com uma lotação máxima de 50 por cento da respectiva capacidade.
No Sudoeste da União Europeia, a Grécia sofreu um novo recorde diário de mortes, com o registo de mais 108, para um total de mil 527 fatalidades ligadas ao SARS-Cov-2.
Um alto responsável do Centro Grego de Doenças Infeciosas avisou ser muito cedo para relaxar as medidas de contenção no País.
O director da Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital “Papanikolaou”, em Salónica, revelou medo da terceira vaga, já prevista para Janeiro ou Fevereiro de 2021, porque a “situação é desesperante e os Cuidados Intensivos já estão cheios”.
Com mais cinco mil e 700 infecções e 28 mortos adiccionados este sábado ao quadro da Pandemia, incluindo Irinej Bulovic, o líder da Igreja Ortodoxa local, a Sérvia decidiu, também, agravar as restrições, a partir de terça-feira e durante, pelo menos, dez dias.
À pt.euronews.com, a ministra sérvia do Bem-Estar Social, responsável pela Resposta Oficial ao novo Coronavírus, garantiu não ter, para já, sobre a mesa, o confinamento geral no país.
Darija Kisic Tepavcevic diz, no entanto, tratar-se de “uma Epidemia em constante reavaliação” e admite mudanças “nos próximos dias”.
Notícia nas últimas semanas pela decisão ilegal de abater milhões de martas infectadas, sob suspeita de serem portadoras de uma nova estirpe de COVID-19, a Dinamarca foi palco, sábado, de um protesto de meio milhar de profissionais da criação de animais, que exigem a demissão do Governo, devido à gestão da Pandemia.
As autoridades de Saúde dinamarquesas estão, também, a ser criticadas, inclusive, pela OMS – Organização Mundial da Saúde -, por não fazerem o suficiente para quebrar as cadeias de contágio, ao não acompanharem, devidamente, um máximo de pessoas que tenha estado em contacto com infectados confirmados.