O pai de Jailson, criança que foi diagnosticada com cancro, estará a dificultar a evacuação do mesmo para Dacar (Senegal) a fim de dar seguimento ao seu tratamento. Contactado pelo A NAÇÃO, o pai nega a acusação.
A informação foi apurada junto de Oracy Cruz, presidente da Associação Safende Tudora, que arrecadou 1500 contos para auxiliar nas despesas da deslocação.
“Já temos o dinheiro, mas o pai de Jailson quer esperar pelo hospital. Na minha opinião ele não está a pensar na saúde do seu filho, porque neste momento consultas em Portugal estão difíceis até para quem está em Portugal, devido a covid-19, imagina agora para quem está aqui em Cabo Verde. A alternativa a Portugal seria o Senegal, onde ele poderia ir fazer o tratamento necessário e regressar o mais rápido possível, mas ele é o pai e não há nada que possamos fazer para convencê-lo disso”, diz Oracy Cruz.
O último contacto entre a Associação SafendeTudora e o pai de Jailson foi há cerca de 10 dias. Neste momento a referida associação diz estar a aguardar pelo feedback do pai da criança.
Segundo informações partilhadas pela página “Bu tem vez e voz”, citando fontes próximas do pai de Jailson, a resistência do mesmo em tornar a evacuação para o Senegal possível, deve-se ao facto de querer ir para Portugal e ficar lá de vez.
Pai nega
Contactado pelo A NAÇÃO, o pai de Jailson, José Moniz negou que esteja a obstruir o processo para a evacuação para Dacar e que tenha interesse em ficar em Portugal.
“Eu não quero ir para Portugal, eu quero a melhor solução para o meu filho. Se eu quisesse emigrar para Portugal, eu ia fá-lo-ia porque trabalho”, disse.
Convém realçar que a cada dia de espera, o quadro clínico de Jailson, de 13 anos, tende a agravar-se ainda mais. Entretanto, José Moniz garantiu que o filho encontra-se bem e que inclusive ontem foi fazer um tratamento.