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Economia

Hotel Meliã: Termina amanhã o prazo para regularizar “lay-off”

Amanhã termina o prazo imposto pela IGT ao Grupo Hoteleiro Meliã, na ilha do Sal, para o pagamento total dos 35% aos trabalhadores. Até hoje os salários ainda não foram repostos. Expirada a data, a IGT avançará com procedimento por violação dos direitos laborais.

Recorde-se que a Inspecção Geral do Trabalho –  IGT – notificou na sexta-feira, 06, o grupo hoteleiro a fazer o pagamento “imediato” dos 35% do salário aos trabalhadores.

A organização fez saber ainda que nos cinco dias posteriores ao pagamento o Grupo Meliã teria que “fazer prova” de ter sanada a irregularidade, ou seja, até amanhã, quarta-feira, 11.

Contactado pelo “A Nação”, o Inspector-geral do Trabalho, acrescenta que até hoje, terça-feira, 10, “não tem nenhuma novidade” à cerca da regularização salarial dos funcionários. E, caso o Grupo Meliã não regularizar a situação desses trabalhadores, a IGT avançará com “o procedimento normal nesse tipo de casos, violação dos direitos laborais”, acrescentou Anildo Fortes, sem adiantar pormenores.

Com o ultimato, a IGT diz estar atenta a qualquer situação que possa pôr em causa os direitos laborais e insta os trabalhadores a “usarem os canais disponíveis para denunciarem qualquer violação dos seus direitos, utilizando a linha grátis 800 27 27 ou presencialmente nos serviços da IGT nas ilhas do Sal, São Vicente e Santiago”, afiançou Anildo Fortes.

A posição avançada esta segunda-feira, pelo Inspector-geral do Trabalho, Anildo Fortes, vem na sequência de uma manifestação, na semana passada, de um grupo de trabalhadores dessa cadeia hoteleira.

Conforme os funcionários, eles foram informados que receberiam apenas 100 euros mensais (11 mil escudos) ao invés dos 35% do seu vencimento, conforme o acordo do regime “lay-off”.

IGT – UNTCCS

Conforme avançou ontem a Inforpress, a Secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde, Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, denunciara na passada sexta-feira, 06, a “passividade e inércia” da IGT e do poder judicial, justificando que aquela unidade hoteleira “viola frontalmente a lei cabo-verdiana e adopta medidas ilegais ao atribuir 11.000 escudos aos trabalhadores”.

No que lhe concerne, Anildo Fortes negou essas acusações de “inércia e passividade” ao afirmar que a IGT é uma instituição credível e lembrou que, não só apoia os trabalhadores a todos os níveis, como notificou a empresa para “fazer prova que sanou a irregularidade”, num prazo de cinco dias, que termina hoje.

Pelo que o Inspector-geral do Trabalho encorajou a Secretária-geral UNTC-CS a se informar das diligências “antes de proferir qualquer declaração em relação a este e outros processos”, afiançando o mesmo que já está habituado às “declarações bombásticas” e “inverdades” da líder sindical “sem se estar por dentro dos factos”.

Por conseguinte, Anildo Fortes apela ao papel mais pedagógico dos sindicatos “no sentido de informar e instruir os trabalhadores, em caso da violação dos seus direitos laborais”. Sobretudo no “momento difícil em que o mundo e o país está a atravessar”, onde se requer a união de esforços na procura de soluções, visando “ultrapassar esta crise, com o intuito de voltar à normalidade a todos os níveis”.

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